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Palmeiras cai de novo em casa e piora sua crise
Revés para Atlético-PR amplia para cinco jogos a série palmeirense sem vitória
Palmeiras 0
Atlético-PR 2
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma derrota inédita em casa,
inveja por ver brilhar no rival o
ataque dos sonhos de sua diretoria e o quinto jogo seguido
sem vencer. Some isso à pior
campanha do time no Parque
Antarctica desde 1978 e tem-se
o retrato do Palmeiras.
Com gols de Edno e Alex Mineiro, o Atlético-PR afundou
ainda mais os paulistas, que,
com apenas oito pontos, ficam
cada vez mais distantes do pelotão da frente e aproximam-se
perigosamente da zona de rebaixamento do Brasileiro.
Os paranaenses, que chegaram aos 11 pontos, nunca tinham vencido os anfitriões
dentro do Parque Antarctica.
Na próxima rodada, o Palmeiras terá o clássico diante do
Corinthians, no sábado, no Morumbi. Já o Atlético enfrenta o
Paraná na casa do rival.
O técnico Caio Júnior seguiu
a linha tática adotada nos dois
últimos treinos e montou a
equipe no 3-5-2. Edmílson,
Nen e Gustavo formaram o trio
de zagueiros, dando aos alas
Paulo Sérgio e Valmir mais liberdade para subir ao ataque
pelas laterais do campo.
No meio, coube a Michael,
que retornava de suspensão,
ser o homem cerebral do time
na armação das jogadas de
frente. Pierre e Martinez fizeram a contenção pelo miolo.
Mas o que se viu no duelo evidenciou o atual calcanhar-de-aquiles do time paulista. Edmundo, de volta após dois jogos
de gancho, e o estreante Max
mostraram porque o setor
ofensivo do Palmeiras é motivo
de tanta preocupação para Caio
Jr., mesmo após a diretoria ter
anunciado ontem a contratação do centroavante Rodrigão,
que estava no futebol árabe.
Tanto que os dois lances de
perigo real criados pelos anfitriões surgiram dos pés de um
ala e de um zagueiro.
Primeiro, foi Paulo Sérgio
quem, aos 23min, entrou driblando pela direita e soltou
uma bomba de fora da área.
O goleiro Guilherme foi buscar no ângulo esquerdo e desviou para escanteio.
Na cobrança, Nen subiu mais
que a zaga paranaense e testou
com firmeza. A bola, porém, explodiu no travessão.
Já o ataque rival era exatamente o espelho do que a diretoria alviverde tanto desejava
ver na equipe da casa. Denis
Marques e Alex Mineiro, dois
dos seis matadores que recusaram propostas palmeirenses
neste ano, incomodaram o
tempo todo, com toques rápidos e envolventes.
Em uma dessas boas tramas,
saiu o gol. Edno enfiou a bola na
intermediária para Alex Mineiro. Ele apenas fez o pivô e devolveu com precisão para o
companheiro, que ainda driblou Diego antes de empurrar
para o gol vazio. 1 a 0.
Ao som das primeiras vaias,
Max ainda honrou a linha ofensiva dos paulistas com um chute aos 41min que o goleiro rival
espalmou para o alto.
Assim como já ocorrera nas
últimas apresentações em seus
domínios -derrota para o Cruzeiro (3 a 1) e empate com o Botafogo (1 a 1)-, Caio Jr. deixou o
gramado no intervalo explicando o que deu errado.
"Falta aquela pontinha de
sorte de sair na frente. Tivemos
a bola na trave, e o goleiro do
Atlético esteve muito bem", lamentou o treinador.
Sem muitas opções para mudar o time para a etapa final, o
comandante palmeirense lançou mão da única possível. Trocou Edmílson pelo meia Caio e
retomou o esquema 4-4-2.
A mudança, entretanto, não
incendiou o Parque. Em parte,
por causa da apatia do Palmeiras diante de um time que tocava muito bem a bola. Mas, principalmente, porque os atacantes do rival voltaram a calar a
torcida aos 15min.
Aproveitando-se do vacilo da
defesa, Alex Mineiro invadiu a
área e tocou por cima de Diego
para ampliar o marcador e fazer o caldeirão voltar-se contra
os seus donos.
"Ô, ô, ô, queremos jogador",
entre outros cantos contra a diretoria, o técnico e os atletas
palmeirenses ecoavam no Parque enquanto o Atlético-PR fazia o que bem entendia. Denis
Marques, aos 19min, perdeu a
chance de marcar o terceiro ao
acertar a trave de Diego.
Mais tarde, seria a vez de
Alex Mineiro carimbar o poste
do gol alviverde, pouco após a
saída de Edmundo para a entrada do estreante Luís, que
veio do time B. Sinal de que as
mudanças serão inevitáveis
dentro de um grupo em crise.
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