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Atletismo leva ao Pan 78% de novatos
Maior índice de mudança é no feminino, em que somente 20,5% das classificadas ostentam experiência na competição
Para o técnico Jayme Netto, do 4 x 100 m, trata-se do início do ciclo olímpico da
nova geração que estará representada no Rio-2007
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Rostos novos são a marca da
equipe nacional de atletismo
que irá ao Pan do Rio. Dos 85
atletas classificados pelo ranking ou pelo Troféu Brasil, encerrado ontem, em São Paulo,
só 19 (22,4%) já foram aos Jogos. Desses, apenas 17,7% estiveram em Santo Domingo-03.
O maior índice de mudança é
no feminino, no qual só 20,5%
das classificadas têm experiência no Pan. Entre os homens,
76,1% são debutantes em Pans.
""O feminino é que se fortaleceu mais nos últimos anos. Antes, tínhamos só a Maurren.
Agora, temos a Keila Costa, a
Fabiana Murer, boas representantes no heptatlo, meio fundo.
Acho que o grupo evoluiu mais
do que os homens", avalia Jayme Netto, técnico do 4 x 100 m.
""O feminino melhorou muito de nível", concorda Nélio
Moura, técnico das saltadoras
Maurren Maggi e Keila Costa.
Por ser o país-sede, o Brasil
tem direito a dois representantes em cada prova. Mas, mesmo
se considerarmos só as disputas em que o país enviou atletas
a Santo Domingo, o índice de
mudança ainda é alto. Só 44,1%
da delegação do Pan-03 conseguiu manter lugar no Rio-07.
As pistas do Ibirapuera viram
uma troca de bastão de gerações. Algumas estrelas da delegação passada já encerraram
sua participação nas pistas.
É o caso de Claudinei Quirino e Edson Luciano Ribeiro,
bases da equipe de 4 x 100 m vice-campeã olímpica e mundial.
""Da equipe de 4 x 100 m que
correu em Santo Domingo, só
sobrou um. Seria bom que tivessem dois veteranos no time
do Pan. Os últimos anos foram
bastante equilibrados. O André
Domingos, por exemplo, foi superado por só um centésimo",
diz Jayme Netto. ""Estamos entrando no ciclo dessa geração."
Domingos, dono de ouro e
bronze no Pan-03, ficou fora do
Pan com a quinta posição nos
100 m no Troféu Brasil.
Pior para Eronilde Nunes. O
tricampeão pan-americano dos
400 m com barreiras (1991,
1995 e 1999) nem se classificou
para as finais em São Paulo.
As provas de velocidade viram despontar Sandro Rodrigues Viana. Aos 30 anos, o amazonense irá a seu primeiro Pan
nos 100 m, nos 200 m e no 4 x
100 m. Nos 110 m com barreiras, prova mais competitiva do
país, só novatos defenderão o
Brasil: Anselmo Gomes, ouro
no Troféu Brasil, e Eder Souza.
Para Moura, o surgimento de
novos rostos é resultado de investimentos, como centros de
excelência, patrocínio à confederação e a verba da Lei Piva.
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