São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2010

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Fifa respeita diferenças entre Brasil e Portugal

PASQUALE CIPRO NETO
COLUNISTA DA FOLHA

A Fifa pediu ao Brasil e a Portugal que não treinassem no estádio de Durban ontem. O motivo? O mau estado do relvado.
O seleccionador luso, Carlos Queiroz, considera que nenhuma equipa irá beneficiar com isso. Disse ainda que não se preocupa com Cristiano Ronaldo. Caso Portugal se apure, o avançado ficará de fora dos oitavos de final se receber cartão amarelo.
O guarda-redes brasileiro Júlio César disse que o jogo poderá transformar-se numa lotaria. "Os buracos poderão causar golos anormais", disse o camisola 1.
Calma, você está lendo a Folha de S. Paulo, sim, e não a "Folha de Lisboa". O nosso português e o deles são a mesma língua, mas têm lá as suas diferenças, a começar pelo vocabulário.
Como o leitor pôde ver, as diferenças se dão na forma ("equipa" por "equipe"; "golo" por "gol"), na sintaxe ("nenhuma equipa irá beneficiar com isso" por "nenhuma equipe irá se beneficiar disso") e no léxico ("camisola" por "camisa"), mas, cá entre nós, compreendemos tudo, não?
O fato é que agora o português é língua oficial da Fifa. E qual deles? O do Brasil ou o de Portugal? Os dois! Quando a notícia é sobre o time canarinho, surge o nosso português. Quando é sobre a equipa encarnada, o português é o de lá. E somos todos "patrícios"! É isso.


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