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Mano veta pastor na concentração
COPA AMÉRICA Presença de religiosos e manifestações de crença, liberadas na era Dunga, agora são proibidas
MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A LOS CARDALES
O técnico Mano Menezes
proibiu a presença de líderes
religiosos na concentração
da seleção na Copa América.
Durante a era Dunga
(2006-2010), pastores tinham livre acesso aos bastidores do time nacional.
No Mundial da África do
Sul, em 2010, o pastor Anselmo Alves frequentou o hotel
da seleção para dar ajuda espiritual aos atletas de Dunga.
Nas folgas, como hoje, os
jogadores têm liberdade para
encontros religiosos.
A CBF também monitora o
fervor religioso dos atletas.
Antes da estreia do Brasil
-no dia 3 de julho, contra a
Venezuela-, a entidade vai
alertar os jogadores para evitar comemorações com mensagens religiosas.
Jogadores festejando gols
com frases religiosas em camisetas e integrantes da comissão técnica comandando
orações no centro do campo
depois de conquistas de títulos eram hábito na seleção.
A Fifa já censurou a CBF
por causa das manifestações
religiosas dos atletas dentro
de campo. Depois da conquista da Copa das Confederações de 2009, a federação
pediu moderação na atitude
dos atletas mais fiéis.
Na época, os jogadores da
seleção fizeram uma roda no
centro do campo e rezaram.
A Fifa informou que não
puniria os atletas na ocasião
porque a manifestação ocorreu depois do apito final.
Já no Mundial, a entidade
comunicou que enviaria representante para monitorar
as seleções, a fim de evitar
mensagens religiosas. A Fifa
não gosta de misturar futebol
com política ou religião.
Depois da Copa do Mundo,
a CBF escanteou a ala religiosa. Na comissão técnica e na
administração da seleção,
ela deixou o poder.
Na África do Sul, o auxiliar
técnico Jorginho foi apontado como o responsável por
aparelhar a delegação brasileira de evangélicos. Ele foi o
responsável pela contratação de Marcelo Cabo para ser
"espião" de Dunga na Copa.
Desconhecido no futebol,
Cabo frequentava com Jorginho a Igreja Congregacional
da Barra da Tijuca. O auxiliar
técnico influiu até na escolha
dos seguranças da seleção.
Um deles foi colocado no
posto por ser evangélico.
Dentro de campo, a força
dos religiosos é menor e as
manifestações públicas também são. O grupo perdeu força com as saídas de Kaká e
Felipe Mello, que faziam
questão de sempre expressar
a fé nas entrevistas coletivas.
No ano passado, atletas do
Santos -incluindo Ganso,
Robinho e Neymar, que estão
na seleção- se recusaram a
visitar um centro espírita. Argumentaram "motivos religiosos e outras coisas". Dias
depois, pediram desculpas e
fizeram uma visita ao local.
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