São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011

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Pechincha

Mudança no preço do aluguel do Pacaembu, estádio mais requisitado de São Paulo, faz cidade deixar de embolsar R$ 2 milhões só neste ano

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Prefeitura de São Paulo deixou de arrecadar mais de R$ 2 milhões com aluguel do Pacaembu, só em 2011.
O estádio mais requisitado de São Paulo cobra aluguel máximo de R$ 65.950 mesmo em jogos de renda milionária, como a final da Libertadores, na última quarta.
Até abril de 2010, a prefeitura cobrava até 15% da renda pelo aluguel do estádio. Por pressão do Corinthians, maior inquilino do Pacaembu, foi estabelecido um teto para o aluguel. Mesmo se muito dinheiro for arrecadado na bilheteria, os times só precisam pagar o teto.
Para jogos à noite, o limite são os R$ 65.950. Para os diurnos, o teto é R$ 52.750.
Se não houvesse esse limite máximo de cobrança, São Paulo teria recebido pelo Pacaembu R$ 3,66 milhões em jogos da Libertadores, da Copa do Brasil, do Paulista e da seleção. Mas, com o teto, a cidade arrecadou R$ 1,48 milhão, em valor arredondado.
Algumas vezes, o aluguel sai até mesmo de graça, como no amistoso da seleção brasileira contra a Romênia, a despedida de Ronaldo, que teve renda de R$ 4,3 milhões.
Se a regra do ano passado fosse mantida, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) deveria pagar aos cofres paulistanos R$ 650 mil.
Na ocasião, a prefeitura justificou ter abdicado do pagamento dizendo que o amistoso entrara "no calendário esportivo da cidade".
O pivô da mudança na regra do aluguel foi o Corinthians. Sem ter estádio próprio, o clube adotou a arena municipal como lar, mas reclamava do aluguel ser atrelado à renda das partidas.
Por causa de uma briga com o São Paulo, o presidente Andres Sanchez prometeu que, em sua gestão, o Corinthians nunca mais jogaria no Morumbi como mandante. O estádio poderia ser uma alternativa ao Pacaembu.
O clube, então, decidiu fazer uma turnê fora da capital.
Três partidas do time pelo Paulista do ano passado foram para a Arena Barueri, na Grande São Paulo, onde se pagava aluguel menor.
Como lá o público também é menor, tanto porque cabe menos gente como porque o acesso é mais difícil, o Corinthians precisou negociar com a prefeitura para voltar ao Pacaembu. E, em abril, conseguiu a criação do teto.
Na época, a secretaria municipal de Esportes queria um teto maior, de R$ 75 mil. Mas prevaleceu a força política do Corinthians, e o valor foi fixado em R$ 62,5 mil, hoje ligeiramente reajustado.
A reportagem não conseguiu, ontem, contato com a secretaria de Esportes pa- ra comentar o caso.


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