São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI
Competição deve ir para Europa
Sem ginásios, Brasil deve perder Mundial

DO ENVIADO AO RIO

O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça Filho, anunciou ontem, no Rio, que o Brasil deve perder a oportunidade de ser sede do Mundial feminino de 2002. O país já havia sido escolhido pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), mas não ofereceu condições para abrigar a competição.
O grande problema apontado pelos dirigentes da FIVB, após vistoria nos ginásios brasileiros, foi a ausência de pisos adequados nas quadras.
Para ser sede da competição, o Brasil teria que apresentar quatro cidades com ginásios com capacidade para mais de 8.000 pessoas. Além disso, a distância máxima entre as sedes não poderia exceder três horas de vôo.
São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Joinville, Recife e Fortaleza se apresentaram como candidatas para abrigar o torneio. A escolha da CBV seria por São Paulo e Rio e outras duas cidades.
"Tentei marcar audiência com o Mário Covas (governador de São Paulo) e com o Anthony Garotinho (governador do Rio), mas não consegui. Precisava que houvesse reformas no Ibirapuera (em São Paulo) e no Maracanãzinho (no Rio)", disse o dirigente.
Ary Graça Filho chegou a conversar com outros governadores: Tasso Jereissati (Ceará), Jarbas Vasconcelos (Pernambuco) e Joaquim Roriz (Distrito Federal). Os três garantiram ao dirigente que fariam as reformas necessárias.
A competição contará com a participação de 16 equipes. A organização do evento teria que cobrir os custos com hospedagem, alimentação e transporte interno de todas as delegações.
As únicas equipes que estavam garantidas na competição eram o Brasil, por ser o país sede, e Cuba, última campeã mundial, em 1998. O Brasil já foi sede de um Mundial antes, em 1994.
Sem atender às determinações da FIVB, o Brasil deve perder o direito de abrigar a competição.
"Vou ter uma conversa com o Rubén Acosta (presidente da FIVB) até quarta-feira (amanhã) e anunciamos a posição definitiva", afirmou Graça Filho.
O dirigente explicou que havia interesse da TV Globo de adquirir os direitos de transmissão do evento, como já havia ocorrido no último Mundial, no Japão.
A CBV serviria como intermediária entre a FIVB e a emissora. Funcionaria da seguinte forma: a FIVB venderia os direitos de transmissão e 20% do arrecadado iria para um fundo comum. Esse fundo, garantiria o pagamento de metade das passagens aéreas das equipes e 50% da hospedagem das delegações.
Com o Brasil fora, dois países disputam o direito de ser sede da competição: Itália e Alemanha.
A tendência é que o Campeonato Mundial vá para a Itália, que tem evoluído muito nos últimos anos e conseguiu classificação para a Olimpíada de Sydney. Já a Alemanha não tem grande expressão no vôlei feminino.


Texto Anterior: Atleta faz dieta especial para ganhar peso
Próximo Texto: Exigência de piso vira obstáculo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.