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VÔLEI
Competição deve ir para Europa
Sem ginásios, Brasil deve perder Mundial
DO ENVIADO AO RIO
O presidente da Confederação
Brasileira de Vôlei, Ary Graça Filho, anunciou ontem, no Rio, que
o Brasil deve perder a oportunidade de ser sede do Mundial feminino de 2002. O país já havia sido escolhido pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei), mas
não ofereceu condições para abrigar a competição.
O grande problema apontado
pelos dirigentes da FIVB, após
vistoria nos ginásios brasileiros,
foi a ausência de pisos adequados
nas quadras.
Para ser sede da competição, o
Brasil teria que apresentar quatro
cidades com ginásios com capacidade para mais de 8.000 pessoas.
Além disso, a distância máxima
entre as sedes não poderia exceder três horas de vôo.
São Paulo, Rio, Belo Horizonte,
Curitiba, Brasília, Joinville, Recife
e Fortaleza se apresentaram como
candidatas para abrigar o torneio.
A escolha da CBV seria por São
Paulo e Rio e outras duas cidades.
"Tentei marcar audiência com o
Mário Covas (governador de São
Paulo) e com o Anthony Garotinho (governador do Rio), mas
não consegui. Precisava que houvesse reformas no Ibirapuera (em
São Paulo) e no Maracanãzinho
(no Rio)", disse o dirigente.
Ary Graça Filho chegou a conversar com outros governadores:
Tasso Jereissati (Ceará), Jarbas
Vasconcelos (Pernambuco) e Joaquim Roriz (Distrito Federal). Os
três garantiram ao dirigente que
fariam as reformas necessárias.
A competição contará com a
participação de 16 equipes. A organização do evento teria que cobrir os custos com hospedagem,
alimentação e transporte interno
de todas as delegações.
As únicas equipes que estavam
garantidas na competição eram o
Brasil, por ser o país sede, e Cuba,
última campeã mundial, em 1998.
O Brasil já foi sede de um Mundial
antes, em 1994.
Sem atender às determinações
da FIVB, o Brasil deve perder o direito de abrigar a competição.
"Vou ter uma conversa com o
Rubén Acosta (presidente da
FIVB) até quarta-feira (amanhã)
e anunciamos a posição definitiva", afirmou Graça Filho.
O dirigente explicou que havia
interesse da TV Globo de adquirir
os direitos de transmissão do
evento, como já havia ocorrido no
último Mundial, no Japão.
A CBV serviria como intermediária entre a FIVB e a emissora.
Funcionaria da seguinte forma: a
FIVB venderia os direitos de
transmissão e 20% do arrecadado
iria para um fundo comum. Esse
fundo, garantiria o pagamento de
metade das passagens aéreas das
equipes e 50% da hospedagem
das delegações.
Com o Brasil fora, dois países
disputam o direito de ser sede da
competição: Itália e Alemanha.
A tendência é que o Campeonato Mundial vá para a Itália, que
tem evoluído muito nos últimos
anos e conseguiu classificação para a Olimpíada de Sydney. Já a
Alemanha não tem grande expressão no vôlei feminino.
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