São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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EUA, enfim, criam um herói no soccer

Após gol dramático na Copa da África, Donovan, 28, vira o centro das atenções na liga nacional de futebol

DE SÃO PAULO

Finalmente, os EUA acharam um ídolo no futebol. No país onde ser patriota é quase uma obrigação, a liga nacional aposta suas fichas no meia Landon Donovan, 28.
A MLS (Major League Soccer), que historicamente confiou a forasteiros a difícil missão de fazer o país acompanhar o futebol com a mesma devoção do beisebol, do basquete e do futebol americano, agora quer colher frutos com seu astro em evidência.
"A MLS precisa de heróis do futebol, e nós temos um herói americano jogando em Los Angeles", afirmou o presidente da liga, Don Garber.
Donovan atua no Galaxy, mesma equipe que contratou o midiático David Beckham para a temporada 2007/08.
Em dezembro de 2009, ele assinou um contrato de quatro anos com a liga. É a MLS quem paga os mais de US$ 2 milhões anuais a Donovan.
O jogador foi emprestado ao inglês Everton em janeiro deste ano. Em dez semanas, fez dois gols em 13 partidas. Os norte-americanos, porém, só se deram conta de que contavam com um astro do futebol durante a Copa.
Lá, Donovan marcou três gols, incluindo um nos instantes finais do confronto com a Argélia, que classificou sua seleção de forma dramática às oitavas de final -o time acabaria eliminado por Gana na prorrogação.
Em alta, o meia despertou o interesse não só do Everton, que deseja o seu retorno, como de outros. O também inglês Manchester City, dirigido pelo treinador italiano Roberto Mancini, é um deles.
O City monta um supertime para a próxima temporada. Yaya Touré, de Costa do Marfim, o espanhol David Silva e o alemão Jérôme Boateng já foram anunciados.
Veladamente, a MLS tenta impedi-lo de ir embora. "Ele provou que ama nossa liga. Espero tê-lo pelo resto de sua carreira", afirmou Garber.
Tão logo retornou do Mundial sul-africano, Donovan foi taxativo: "Neste momento, quero ficar nos Estados Unidos. Nunca digo nunca para nada. Mas estou muito feliz de estar em casa".
Passadas duas semanas, porém, o discurso já não é tão seguro assim: "Se precisarmos ter alguma discussão, teremos", afirmou o jogador.
O mais curioso é que Garber derreteu-se em elogios a Donovan durante a apresentação do francês Thierry Henry, novo atacante do New York Red Bulls. Prova de que, agora, os EUA só têm olhos para o seu herói.


Com as agências de notícias


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