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EUA, enfim, criam um herói no soccer
Após gol dramático na Copa da África, Donovan, 28, vira o centro das atenções na liga nacional de futebol
DE SÃO PAULO
Finalmente, os EUA acharam um ídolo no futebol. No
país onde ser patriota é quase
uma obrigação, a liga nacional aposta suas fichas no
meia Landon Donovan, 28.
A MLS (Major League Soccer), que historicamente confiou a forasteiros a difícil missão de fazer o país acompanhar o futebol com a mesma
devoção do beisebol, do basquete e do futebol americano, agora quer colher frutos
com seu astro em evidência.
"A MLS precisa de heróis
do futebol, e nós temos um
herói americano jogando em
Los Angeles", afirmou o presidente da liga, Don Garber.
Donovan atua no Galaxy,
mesma equipe que contratou
o midiático David Beckham
para a temporada 2007/08.
Em dezembro de 2009, ele
assinou um contrato de quatro anos com a liga. É a MLS
quem paga os mais de US$ 2
milhões anuais a Donovan.
O jogador foi emprestado
ao inglês Everton em janeiro
deste ano. Em dez semanas,
fez dois gols em 13 partidas.
Os norte-americanos, porém,
só se deram conta de que
contavam com um astro do
futebol durante a Copa.
Lá, Donovan marcou três
gols, incluindo um nos instantes finais do confronto
com a Argélia, que classificou sua seleção de forma dramática às oitavas de final -o
time acabaria eliminado por
Gana na prorrogação.
Em alta, o meia despertou
o interesse não só do Everton, que deseja o seu retorno,
como de outros. O também
inglês Manchester City, dirigido pelo treinador italiano
Roberto Mancini, é um deles.
O City monta um supertime para a próxima temporada. Yaya Touré, de Costa do
Marfim, o espanhol David
Silva e o alemão Jérôme Boateng já foram anunciados.
Veladamente, a MLS tenta
impedi-lo de ir embora. "Ele
provou que ama nossa liga.
Espero tê-lo pelo resto de sua
carreira", afirmou Garber.
Tão logo retornou do Mundial sul-africano, Donovan
foi taxativo: "Neste momento, quero ficar nos Estados
Unidos. Nunca digo nunca
para nada. Mas estou muito
feliz de estar em casa".
Passadas duas semanas,
porém, o discurso já não é tão
seguro assim: "Se precisarmos ter alguma discussão,
teremos", afirmou o jogador.
O mais curioso é que Garber derreteu-se em elogios a
Donovan durante a apresentação do francês Thierry
Henry, novo atacante do
New York Red Bulls. Prova de
que, agora, os EUA só têm
olhos para o seu herói.
Com as agências de notícias
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