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POLIVALENTE
As mascotes e as leis
BARBARA GANCIA
COLUNISTA DA FOLHA
Do alto da Acrópole, minha prima cretina da ilha
de Creta, Strava Gancia, diz que
os gregos inventaram a filosofia,
a medicina, a democracia e a
matemática e Alik Kostakis inventou a coluna grega.
As duas figuras menos comentadas em Atenas são os mascotes dos Jogos, Athena e Phevos.
O castor canadense Amik e o
cãozinho catalão Cobi devem
estar rolando de rir da dupla.
Quando foram apresentados
ao público, Athena (inspirada
na deusa da sabedoria e protetora de Atenas) e Phevos (de
Phoebus, um dos nomes pelos
quais é conhecido o deus da música e da luz, Apolo) não foram
bem recebidos. A imprensa chegou a dizer que os bonecos, que
lembram estatuetas de argila
encontradas no sítio arqueológico de Tebas, pareciam recém-saídos de um acidente nuclear.
Mas mascote olímpico é assim. Mais ou menos como as leis
no Brasil: umas pegam e outras
não. O leitor sabe o nome dos
mascotes dos Jogos de Sydney,
de Seul ou de Atlanta? Nem eu.
Em compensação, ninguém se
esquece da lágrima derramada
pelo ursinho Misha, na dança
dos painéis da cerimônia de encerramento em Moscou.
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