São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2005

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CICLISMO

Americano silencia sobre acusação de doping em 99

Armstrong enganou a todos nós, afirma diretor da Volta da França

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia após ser acusado de doping pelo diário francês "L'Équipe" , Lance Armstrong sofreu ontem um novo golpe: diretor da Volta da França, Jean-Marie Leblanc criticou duramente o ciclista e cobrou explicações urgentes.
"Não são mais rumores ou insinuações. Trata-se de provas científicas. Está comprovado que, em 1999, Armstrong levava uma substância proibida, EPO, no organismo", disse o dirigente da mais tradicional prova do ciclismo, que tem o jornal esportivo como um de seus organizadores.
"Ele nos fez de tolos. E deve explicações para nós e a todos os torcedores e ciclistas envolvidos na prova. A bola está com ele."
Presidente da Wada (Agência Mundial Antidoping), Dick Pound adotou um tom mais cauteloso. "Se as provas forem realmente essas, o atleta terá que se defender. Será interessante ver qual será a atitude da UCI [União Internacional de Ciclismo] e da federação americana", afirmou.
Ontem, Armstrong, recordista em títulos da Volta da França -sete-, não comentou o caso. Na terça, ele negara o doping.
O "L'Équipe" revelou que seis amostras de urina do americano coletadas em 99 foram analisadas em 2004 e acusaram EPO (eritropoietina), que estimula a produção de glóbulos vermelhos, melhorando a oxigenação do sangue.
Na época -sua primeira vitória na Volta-, não havia tecnologia para detectar a substância. A UCI começou a realizar exames para revelar a EPO apenas em 2001.
As amostras estavam armazenadas porque é praxe nas coletas de doping guardar urina em dois frascos, para caso de contraprova.


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