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entrevista
Após "faxina", Dorival Jr. é prestigiado
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o técnico Paulo
Autuori pediu demissão
do Cruzeiro, no fim de
abril, disse que saía porque
tinha vergonha na cara. A
equipe acabara de ser humilhada pelo rival Atlético-MG (4 a 0) na primeira
final do Estadual.
Uma semana depois,
chegaria Dorival Júnior,
que levou o São Caetano
ao vice do Paulista. Mais
do que reorganizar taticamente a equipe, ele precisou acabar com o corpo
mole de alguns atletas.
"Encontrei alguns problemas disciplinares,
sim", diz, sem citar nomes.
Hoje, quase quatro meses depois, a equipe está a
seis pontos do líder, o São
Paulo. E Dorival Jr., que
chegou a balançar no cargo, já fala com orgulho sobre o convite para permanecer no Cruzeiro por
mais duas temporadas.
FOLHA - Como estava o time
quando você chegou?
DORIVAL JR. - O ambiente
estava bem desequilibrado, com vários problemas.
Principalmente uma falta
de confiança generalizada
entre os jogadores.
FOLHA - Havia um grupo de
jogadores indisciplinados?
DORIVAL JR. - Nós encontramos alguns problemas
disciplinares, sim. Mas,
agora, está tudo resolvido.
Quem tinha problema, ou
saiu, ou se adequou.
FOLHA - O que levou a essa
recuperação meteórica?
DORIVAL JR. - Tivemos algumas semanas com jogos
apenas aos domingos. Isso
serviu para acelerar os
treinamentos físicos e trabalhar mais a parte tática.
Se bem que são resultados
momentâneos. Precisamos acelerar se quisermos
nos consolidar como uma
grande equipe dentro do
campeonato.
FOLHA - Você começou com
resultados ruins (empate com
Fluminense e derrotas para
Corinthians e Paraná em seguida). Houve muita pressão?
DORIVAL JR. - Houve desconfiança da imprensa local e do torcedor. Mas, aos
poucos, viram que o trabalho estava sendo feito. Não
estava contando historinha para o torcedor.
FOLHA - E o futuro?
DORIVAL JR. - Deixo as coisas acontecerem. Estou
completando quatro anos
como treinador agora, em
agosto. A diretoria me chamou nesta semana e foi
feito um convite para um
novo contrato [o atual vai
até o final de dezembro],
por mais dois anos.
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