São Paulo, sábado, 25 de agosto de 2007

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entrevista

Após "faxina", Dorival Jr. é prestigiado

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o técnico Paulo Autuori pediu demissão do Cruzeiro, no fim de abril, disse que saía porque tinha vergonha na cara. A equipe acabara de ser humilhada pelo rival Atlético-MG (4 a 0) na primeira final do Estadual.
Uma semana depois, chegaria Dorival Júnior, que levou o São Caetano ao vice do Paulista. Mais do que reorganizar taticamente a equipe, ele precisou acabar com o corpo mole de alguns atletas.
"Encontrei alguns problemas disciplinares, sim", diz, sem citar nomes.
Hoje, quase quatro meses depois, a equipe está a seis pontos do líder, o São Paulo. E Dorival Jr., que chegou a balançar no cargo, já fala com orgulho sobre o convite para permanecer no Cruzeiro por mais duas temporadas.

 

FOLHA - Como estava o time quando você chegou?
DORIVAL JR. -
O ambiente estava bem desequilibrado, com vários problemas. Principalmente uma falta de confiança generalizada entre os jogadores.

FOLHA - Havia um grupo de jogadores indisciplinados?
DORIVAL JR. -
Nós encontramos alguns problemas disciplinares, sim. Mas, agora, está tudo resolvido. Quem tinha problema, ou saiu, ou se adequou.

FOLHA - O que levou a essa recuperação meteórica?
DORIVAL JR. -
Tivemos algumas semanas com jogos apenas aos domingos. Isso serviu para acelerar os treinamentos físicos e trabalhar mais a parte tática. Se bem que são resultados momentâneos. Precisamos acelerar se quisermos nos consolidar como uma grande equipe dentro do campeonato.

FOLHA - Você começou com resultados ruins (empate com Fluminense e derrotas para Corinthians e Paraná em seguida). Houve muita pressão?
DORIVAL JR. -
Houve desconfiança da imprensa local e do torcedor. Mas, aos poucos, viram que o trabalho estava sendo feito. Não estava contando historinha para o torcedor.

FOLHA - E o futuro?
DORIVAL JR. -
Deixo as coisas acontecerem. Estou completando quatro anos como treinador agora, em agosto. A diretoria me chamou nesta semana e foi feito um convite para um novo contrato [o atual vai até o final de dezembro], por mais dois anos.


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