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Alonso destoa na paz da McLaren
Bicampeão critica falta de reconhecimento por ajuste no carro e diz que quem se desculpou não foi ele
Após "cabularem" na quinta, espanhol e Lewis Hamilton
falam de respeito mútuo, mas dão versões diferentes sobre conversa que tiveram
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A ISTAMBUL
Fernando Alonso e Lewis
Hamilton quebraram o silêncio
ontem em Istambul. Após "cabularem" a quinta-feira, juraram que fizeram as pazes após
encontro de anteontem e que
até jogaram PlayStation. Mas o
bicampeão, ao seu estilo, deixou claro que ainda não resolveu todos os problemas com
seu companheiro na McLaren.
E, pela primeira vez no ano,
tocou num assunto que era só
queixa de bastidores: o fato de
ele desenvolver e ajustar o carro, e Hamilton, um estreante
na F-1, se beneficiar do fato de
ter alguém mais rodado ao lado.
"Acho que a McLaren no ano
passado não estava em lugar
nenhum. Lembro quando me
sentei no carro pela primeira
vez, em dezembro, e depois na
Austrália [abertura do Mundial, em março]", disse o espanhol. "Nunca fui recompensado por esses seis ou sete décimos que trouxe para o carro
desde que o peguei pela primeira vez.. E é este o problema desde o começo do Mundial."
Tomando os testes de pré-temporada como parâmetro, a
queixa de Alonso faz algum
sentido. Em dezembro, quando
o espanhol estava proibido por
contrato de treinar com o novo
time -ele era da Renault-, a
McLaren, com Hamilton, foi a
melhor nos treinos em duas
oportunidades, o que equivale a
25% de aproveitamento.
Depois, de janeiro a março, já
com Alonso integrado, esse
percentual subiu para 35%.
Mas é preciso considerar que
o carro da equipe nesse período
foi mudando e que novos componentes foram sendo incorporados. A melhora não pode ser
creditada só à chegada dele.
Segundo Alonso, a conversa
que ambos tiveram e que cada
um teve com Ron Dennis, Norbert Haug e Martin Whitmarsh
-os três chefões do time-, não
mudou nada na equipe inglesa.
"Conversamos para tentar,
todos juntos, ganharmos o
campeonato", explicou. "Eles
disseram que teremos igualdade de equipamento, estratégias... Ou seja, será tudo como
nas 11 primeiras corridas."
O discurso do bicampeão ontem, véspera do treino classificatório para o GP da Turquia,
que ocorre amanhã, às 9h, foi
quase o mesmo de Hamilton.
"Somos dois pilotos que querem vencer o campeonato. Mas
isso não significa que a gente
não se respeite", disse o inglês,
líder do Mundial, sete pontos à
frente do parceiro. "Não somos
melhores amigos, mas nos respeitamos", fez coro Alonso.
O discurso da dupla da
McLaren só desafinou na hora
em que o tema foi o pedido de
desculpas dos dois lados.
"Falei, "eu me desculpo, você
se desculpa e acabamos com isso'", disse Hamilton. Já Alonso:
"Ele me pediu perdão, e falei
que pediria perdão se tivesse
feito algo que ele julgasse estar
errado. Como ele respondeu
que não, não me desculpei."
NA TV - Treino classificatório para o GP da Turquia
Globo, ao vivo, às 8h
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