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Jogos teen testam DNA olímpico
Parentes de atletas consagrados buscam medalhas em Cingapura
MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA
Um seleto grupo de atletas
nos Jogos da Juventude, em
Cingapura, já tem vasta experiência olímpica transmitida por seus pais ou parentes.
O berço olímpico rendeu
um ouro à francesa Alexia
Sedykh, 16, no lançamento
de martelo. Ela é filha de um
casal que soma quatro medalhas olímpicas representando a ex-União Soviética.
Seu pai, Yuriy Sedykh, 55,
detém até hoje o recorde
mundial da prova (86,74 m).
A mãe, Natalya Lisovskaya,
48, brilhou no arremesso de
peso. Após se aposentarem,
ambos se mudaram para a
França, onde Alexia nasceu.
Os dois estavam em Cingapura acompanhando a filha
anteontem. Em uma quebra
de protocolo, Yuriy, técnico
de Alexia, foi chamado para
entregar a medalha a ela.
"Meus pais me prepararam para este momento, me
deram tudo o que eu precisava para alcançar o objetivo",
falou Alexia, emocionada.
"Mesmo que eu não vá para a Olimpíada de Londres,
estou ansiosa para ir ao Rio
em 2016. Eu vou ter 22 anos e
já estarei mais madura."
O velejador Just van Aanholt, 14, das Antilhas Holandesas, também é treinado
por um pai olímpico. Cor van
Aanholt não ganhou medalha em Sydney-2000, quando competiu contra o brasileiro Robert Scheidt, prata.
Mas, desde então, dedica-se a fazer os quatro filhos
campeões na vela. Cor criou
um campeonato direcionado
só para jovens em Curaçao,
uma das cinco ilhas que formam o país caribenho.
Just é o segundo filho mais
novo de Cor e está em Cingapura competindo na classe
byte. "Meus irmãos mais velhos Philipine e Ard devem se
classificar para Londres,
mas, no Rio, quero estar lá",
diz Just, que, na última madrugada, disputaria a final.
Para ele, ser treinado pelo
pai é um pouco incômodo.
"Às vezes é difícil porque
você nunca sabe quando ele
está sendo seu pai ou seu técnico", comenta o atleta.
Pertencente à dinastia do
salto com vara, a australiana
Elizabeth Parnov, 16, não se
incomoda em ter um pai treinador. Alex Parnov não só levou seu pupilo Steve Hooker
ao ouro em Pequim-2008 como também vibrou com a
prata da filha em Cingapura.
Sua irmã, Vicki, compete
na mesma prova, e uma tia
ilustre, Tatiana Grigorieva, é
a vice-campeã olímpica.
"Eles me dão apoio, e isso
me faz ser mais forte", diz.
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