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Prata, atirador do Brasil fala em parar
Felipe Wu, 17, derruba jejum de 90 anos do país, mas afirma que sua prioridade é a engenharia aeronáutica
Wander Roberto/ Divulgação COB
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Felipe Wu compete para conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude
DA ENVIADA A CINGAPURA
Depois de 90 anos, o Brasil
voltou a figurar no pódio em
evento olímpico de tiro.
O protagonista da façanha
foi Felipe Wu, 17, que ontem
conquistou a medalha de
prata na pistola de ar 10 m na
Olimpíada da Juventude.
O atleta somou 676 pontos
nos Jogos teens, 0,3 a menos
que o campeão, Denys Kushnirov. Mas, após o feito em
Cingapura, Felipe acha difícil continuar no esporte. "Tenho que estudar, não dá para
viver do tiro. Quero fazer engenharia aeronáutica, e não
é fácil passar no vestibular."
O sonho da medalha olímpica do esportista no tiro começou em um estande caseiro. Ele treina em uma instalação improvisada no quintal
de sua casa, em São Paulo.
Por falta de espaço, o alvo
de seu estande está situado a
uma distância de 8 m, dois a
menos do que a medição oficial. A melhor instalação para o tiro do Brasil foi erguida
para o Pan-2007, no Rio.
"No tiro, o treino é muito
mental. Até em casa e em distância diferente, ele exercita
a cabeça. Mas é uma pena
São Paulo não ter estande
adequado para ele", declara
o técnico Ricardo Brenck.
Felipe começou a receber
suporte do COB há cinco meses, depois que ele conseguiu a classificação para a
Olimpíada da Juventude.
A partir daí, teve que sacrificar suas aulas no curso pré-
-vestibular para viajar para o
Rio periodicamente para treinar no estande do Pan.
A última vez que o país subira no pódio do tiro foi nos
Jogos da Antuérpia-1920,
quando foi ouro (Guilherme
Paraense), prata (Afrânio
Costa) e bronze (time).
(MB)
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