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Magnano prega Brasil defensivo
Técnico da seleção de basquete, que estreia sábado no Mundial, cobra intensidade sem a bola
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
O técnico argentino Rubén
Magnano quer que a defesa
seja o melhor ataque da seleção brasileira no Mundial da
Turquia, a partir de 28 de
agosto. Desde sua primeira
conversa com os jogadores,
em 19 de julho, no Rio de Janeiro, tratou de deixar claro
qual é o seu objetivo.
"O que Magnano mais cobra é a intensidade", afirma o
experiente ala Marcelinho
Machado, 35. "A meta é forçar o erro do adversário sempre e partir no contragolpe."
Foi com essa mentalidade
que o argentino consagrou-se como um dos mais vitoriosos treinadores da década.
Em 2002, foi vice-campeão
mundial com a Argentina e,
dois anos mais tarde, obteve
o inédito ouro olímpico, batendo os Estados Unidos nas
semifinais por nove pontos.
Por enquanto, a seleção
ainda patina para assimilar
as lições do chefe. Perdeu a
metade dos dez jogos preparatórios para o Mundial.
Na derrota de maior diferença, 22 pontos contra Porto
Rico em Nova York, as duas
equipes jogaram em ritmo de
exibição em quadra a céu
aberto no bairro do Harlem.
Contra a Argentina, na terça retrasada, perdeu de 77 a
73. No dia seguinte, caiu
diante da Espanha (84 a 68).
Depois, os jogadores fizeram um jogo de portões fechados contra a França e levaram apenas 58 pontos.
Mas fizeram somente 56.
Houve ainda mais três jogos, por um quadrangular
em Lyon: derrota para a Austrália (72 a 69) e vitórias sobre
a Costa do Marfim (95 a 54) e
a anfitriã França (79 a 66).
Ontem, em sua última partida antes da estreia no Mundial, no sábado, contra a seleção iraniana, a defesa do
Brasil funcionou bem no segundo tempo, quando a
França só marcou 22 pontos
-tinha feito 44 no primeiro.
"A base deste esporte é a
defesa. Tudo começa por
ali", argumenta o técnico.
"Concordo 100% com o
Magnano quando ele fala da
importância da defesa. É a filosofia dele, e o time está com
vontade de colocar em prática", diz o ala Marquinhos.
Magnano prega uma defesa mista: nem tanto o um
contra um dos americanos
nem a marcação por zona
dos europeus. "Estamos conseguindo aliar os dois estilos
e fazendo uma defesa brasileira", arrisca o ala Alex.
Por causa de sua perseverança, Alex foi nomeado subcapitão do time. Em caso de
ausência do titular do posto,
Marcelinho Huertas, é ele
quem fala pelo argentino em
quadra. Outros grandes defensores são os pivôs Anderson Varejão e Tiago Splitter.
"Defender bem é uma arma", declarou Varejão, após
os primeiros amistosos do
Brasil com Magnano, em Brasília, no início deste mês.
"No Mundial de 2006, nós
também nos preocupamos
com a defesa, trabalhamos
muito, e o trabalho continua
em 2010", completou o atleta, lembrando-se do treinador Lula Ferreira, que comandou o Brasil no Japão,
quatro anos atrás.
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