São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 2002

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BASQUETE

Revés para China no Mundial faz Américas perderem vaga olímpica

Seleção perde pela 2ª vez seguida por apenas 1 ponto

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira perdeu ontem novamente por um ponto, desta vez para a China, por 81 a 80, e ficou sem objetivo no Mundial feminino. O jogo foi em Nanjing.
Fora da disputa pelas seis primeiras posições -que garantiria mais uma vaga olímpica para as Américas, a equipe do técnico Antonio Carlos Barbosa tentaria a sétima colocação hoje, às 2h (de Brasília), em jogo contra a França.
As últimas três partidas brasileiras nas quadras chinesas foram decididas nos segundos finais e pela diferença mínima. "É difícil explicar quando se perde por um ponto. Não foi falta de luta", lamentou a pivô Alessandra.
Contra a Austrália, na sexta-feira passada, uma vitória por um ponto (75 a 74) colocou o Brasil próximo do céu. Com o resultado, a equipe brasileira ficou em primeiro lugar em seu grupo e enfrentaria, nas quartas-de-final, a Coréia do Sul, rival teoricamente mais frágil, só pegando os EUA, atuais campeões olímpicos e mundiais, em uma eventual final.
O Brasil teve seu sonho desfeito anteontem, após uma surpreendente derrota para as sul-coreanas por 71 a 70. Com o revés, o time brasileiro ficou fora das semifinais do Mundial pela primeira vez desde 1990. O técnico Barbosa dizia, antes do início do torneio, que o objetivo da seleção nacional era conquistar uma medalha.
Eliminada da disputa do título, ontem a equipe brasileira perdeu sua última meta na China: trazer uma vaga olímpica para as Américas. Os países que ficarem do segundo ao sexto lugar conquistam vaga para os Jogos de Atenas-2004 para seus continentes.
O insucesso contra as chinesas foi tão inesperado quanto a derrota para as sul-coreanas. Na primeira fase, sem ser ameaçada em nenhum momento, a seleção brasileira venceu a China por 85 a 73.
A equipe de Barbosa começou muito mal o jogo de ontem. Bem marcada, Janeth pouco produzia -teve aproveitamento de 27,7% de seus arremessos na partida.
Com má pontaria nos tiros de longe -o time errou 12 de suas 16 tentativas de três pontos-, o Brasil dependia muito das jogadas no garrafão feitas por Alessandra, cestinha do jogo, com 23 pontos.
A China apostava na precisão das alas Lei Ren e Lijie Miao, suas principais atiradoras de longe -o time teve aproveitamento de 41,7% nas tentativas de três pontos. Com isso, as anfitriãs venceram o primeiro tempo por 45 a 38.
O Brasil reagiu no terceiro quarto, o seu melhor em toda a partida, e chegou a passar à frente (61 a 58). No período final, entretanto, a equipe voltou a errar. E nos momentos decisivos.
Com o jogo empatado em 79 a 79, Janeth cometeu falta em Lijie Miao. A ala acertou seus lances livres, colocando a equipe asiática dois pontos na frente.
No contra-ataque brasileiro, foi a vez de Janeth sofrer falta. Com um segundo para terminar o jogo, a ala errou seu primeiro lance livre. Acertou o segundo, mas a seleção nacional já não tinha mais chance de virar a partida.
"Tivemos um rendimento melhor do que contra a Coréia do Sul, mas perdemos novamente nos detalhes. Infelizmente, o time não foi bem nas duas últimas partidas", analisou Barbosa.


 ATUAÇÕES - Adrianinha (4 pontos, 2/8 arremessos), Silvinha (2, 1/3), Janeth (13, 5/ 18), Cíntia Tuiú (10, 4/7), Alessandra (23, 11/ 13); Claudinha (15, 5/8), Adriana (2, 1/3), Iziane (4, 2/5), Kelly (7, 3/5)



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