DA REPORTAGEM LOCAL
E DA SUCURSAL DO RIO

O Paysandu recuou. Resolveu se pautar na decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e vetou as escalações de Aldrovani, Júnior Amorim e Borges Neto para não perder mais pontos -eles já não atuaram ontem à noite.
O time do Pará não quer mais confusão até que seu recurso contra a decisão que lhe tirou os quatro pontos conquistados com os atletas em campo, contra Corinthians e Ponte Preta, seja julgado.
"Se eles jogarem, vai parecer provocação, desobediência. E o Paysandu respeita o STJD, apesar de não concordar com ele. Não queremos mais confusão", disse o presidente do clube, José Arthur Guedes Tourinho, cuja assinatura nos contratos dos três jogadores tornou nulas as suas inscrições -segundo o tribunal esportivo.
Agora os paraenses, que inicialmente pretendiam seguir escalando os três atletas mesmo após a perda dos pontos, vão esperar o julgamento do recurso que protocolaram ontem mesmo no STJD para resolver o que fazer: uma das opções é refazer os contratos com a assinatura de outro dirigente.
Para tentar reformar a decisão que devolveu ao Corinthians e à Ponte Preta os pontos perdidos em campo, o advogado do Paysandu vai insistir na mesma tese.
Para José Mauro do Couto Filho, a assinatura de Tourinho não tirou a validade dos contratos porque o dirigente, suspenso por 120 dias, recuperou na Justiça comum o direito de exercer a presidência do Paysandu.
O presidente do STJD, Luiz Zveiter, que faz parte do grupo de auditores que vai analisar o recurso, disse que precisa examinar o processo para opinar.
Corinthians e Ponte vão repetir as suas defesas. "Os jogadores não poderiam ter sido registrados por alguém que está suspenso", disse Vera Otero, advogada da Ponte.
Ontem, o Fluminense se juntou ao São Caetano também agiu contra o Paysandu ao entrar com pedido de impugnação do jogo em que empatou com o Paysandu.
No caso do atacante Grafite, em que o Goiás é réu, o Flamengo requereu ontem os pontos do empate com o time goiano.


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