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Para Tite e contra cartola, Palmeiras "ressuscita"
Time bate São Paulo, se afasta da zona de degola e dedica triunfo ao ex-técnico
TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A PRESIDENTE
PRUDENTE
Foi uma virada empolgante,
que animou o Brasileiro.
No clássico com o São Paulo,
o Palmeiras se reencontrou
com a vitória, livrou-se de voltar à zona de rebaixamento e
jogou, acima de tudo, pelo ex-técnico Tite e contra o diretor
Salvador Hugo Palaia, responsável pela demissão do treinador e pela crise no clube. "Lógico que a saída do Tite influiu.
Ele representava muita coisa",
afirmou o meia Juninho.
"O trabalho do Marcelo Vilar
também deve ser reconhecido.
Adiantou o time. Mas o trabalho era do Tite. Ele sempre foi
um vencedor e merece o crédito por essa vitória. Nem acreditei que vencemos", completou
o meia-atacante Marcinho.
Do outro lado, o estrago foi
grande. Muricy mais uma vez
viu seu time jogar um futebol
sem inspiração. Com a patinada, o São Paulo faz do jogo atrasado contra o Atlético-PR, no
sábado, em Curitiba, vital para
sua aspiração de ser campeão
brasileiro após 15 anos.
Para esse confronto, o desfalque é Rogério, que recebeu o
terceiro amarelo. Já o Palmeiras joga só no dia 4 de outubro,
quando viaja até Porto Alegre
para pegar o vice-líder Grêmio.
A estratégia de tirar o jogo da
capital para dar mais tranqüilidade ao time parece ter dado
resultado esperado. Ousado,
determinado e sem medo de errar, o Palmeiras partiu para cima do São Paulo.
O time de Muricy entrou no
3-5-2, com Richarlyson de líbero, e passou a jogar no erro do
adversário. Partindo sempre
nos contra-ataques, os são-paulinos se beneficiaram da
confusa linha de impedimento
dos palmeirenses.
E, depois de duas chances
perdidas em jogadas iniciadas
por Thiago, o São Paulo abriu o
placar novamente num erro de
posicionamento do Palmeiras.
Leandro cruzou da esquerda,
e Souza, que fechava na direita,
mergulhou para marcar de cabeça: 1 a 0, aos 21min.
Quem pensou que o Palmeiras fosse desmoronar pela crise
que culminou com a queda de
Tite se enganou. Com bom poder de marcação e muita movimentação quando partia para o
ataque, os palmeirenses prosseguiam melhor.
O São Paulo só aparecia bem
com Júnior, mas, com a confusa atuação do trio de zaga, o perigo não parava de rondar Rogério. O empate veio num escanteio. Nen subiu bem e estufou a rede, aos 36min.
Insatisfeito com o seu time
no primeiro tempo, Muricy
queimou suas três substituições com 12 minutos de segundo tempo. Desfez o 3-5-2.
Porém, logo após promover
uma reviravolta na equipe, o
São Paulo foi punido com a expulsão de Alex Silva, aos 15min.
Melhor, o Palmeiras acabou
virando o jogo num erro do juiz,
que marcou pênalti inexistente
de Ilsinho em Marcinho. Paulo
Baier cobrou e fez aos 39min.
Aos 48min, Marcinho definiu a
vitória num contra-ataque.
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