São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2006

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Para Tite e contra cartola, Palmeiras "ressuscita"

Time bate São Paulo, se afasta da zona de degola e dedica triunfo ao ex-técnico

TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A PRESIDENTE PRUDENTE

Foi uma virada empolgante, que animou o Brasileiro.
No clássico com o São Paulo, o Palmeiras se reencontrou com a vitória, livrou-se de voltar à zona de rebaixamento e jogou, acima de tudo, pelo ex-técnico Tite e contra o diretor Salvador Hugo Palaia, responsável pela demissão do treinador e pela crise no clube. "Lógico que a saída do Tite influiu. Ele representava muita coisa", afirmou o meia Juninho.
"O trabalho do Marcelo Vilar também deve ser reconhecido. Adiantou o time. Mas o trabalho era do Tite. Ele sempre foi um vencedor e merece o crédito por essa vitória. Nem acreditei que vencemos", completou o meia-atacante Marcinho.
Do outro lado, o estrago foi grande. Muricy mais uma vez viu seu time jogar um futebol sem inspiração. Com a patinada, o São Paulo faz do jogo atrasado contra o Atlético-PR, no sábado, em Curitiba, vital para sua aspiração de ser campeão brasileiro após 15 anos.
Para esse confronto, o desfalque é Rogério, que recebeu o terceiro amarelo. Já o Palmeiras joga só no dia 4 de outubro, quando viaja até Porto Alegre para pegar o vice-líder Grêmio.
A estratégia de tirar o jogo da capital para dar mais tranqüilidade ao time parece ter dado resultado esperado. Ousado, determinado e sem medo de errar, o Palmeiras partiu para cima do São Paulo.
O time de Muricy entrou no 3-5-2, com Richarlyson de líbero, e passou a jogar no erro do adversário. Partindo sempre nos contra-ataques, os são-paulinos se beneficiaram da confusa linha de impedimento dos palmeirenses.
E, depois de duas chances perdidas em jogadas iniciadas por Thiago, o São Paulo abriu o placar novamente num erro de posicionamento do Palmeiras.
Leandro cruzou da esquerda, e Souza, que fechava na direita, mergulhou para marcar de cabeça: 1 a 0, aos 21min.
Quem pensou que o Palmeiras fosse desmoronar pela crise que culminou com a queda de Tite se enganou. Com bom poder de marcação e muita movimentação quando partia para o ataque, os palmeirenses prosseguiam melhor.
O São Paulo só aparecia bem com Júnior, mas, com a confusa atuação do trio de zaga, o perigo não parava de rondar Rogério. O empate veio num escanteio. Nen subiu bem e estufou a rede, aos 36min.
Insatisfeito com o seu time no primeiro tempo, Muricy queimou suas três substituições com 12 minutos de segundo tempo. Desfez o 3-5-2.
Porém, logo após promover uma reviravolta na equipe, o São Paulo foi punido com a expulsão de Alex Silva, aos 15min.
Melhor, o Palmeiras acabou virando o jogo num erro do juiz, que marcou pênalti inexistente de Ilsinho em Marcinho. Paulo Baier cobrou e fez aos 39min. Aos 48min, Marcinho definiu a vitória num contra-ataque.


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