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Vitória transforma Vilar em 1ª opção
Rubens Cavallari/Folha Imagem
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Paulo Baier corre para festejar com Enílton (9) seu gol, de pênalti, o segundo do Palmeiras na vitória por 3 a1 sobre o São Paulo no clássico em Presidente Prudente |
Triunfo no clássico aumenta chance de técnico interino do Palmeiras ser efetivado no cargo até o fim do Brasileiro
Diretor Salvador Palaia, pressionado a se afastar após episódio da saída de Tite, diz que não aceitará eventual oferta de licença
DO ENVIADO A PRESIDENTE PRUDENTE
O interino Marcelo Vilar entrou ontem em sua segunda fogueira como treinador do Palmeiras. Mas deixou o campo
como provável solução para os
problemas do time até o término desta temporada.
Após a vitória, a chance de
efetivação de Vilar aumentou.
Antes do clássico, vários nomes
foram comentados, entre eles
os de Paulo César Gusmão e
Nelsinho Baptista.
Agora, com a calmaria provocada pelo triunfo de ontem, o
próprio Vilar diz acreditar que
o assunto deva esfriar. "O time
se reapresenta na terça-feira
[amanhã]. Vamos ver o que vai
acontecer", afirmou o técnico,
sem demonstrar ansiedade.
Com os 3 a 1, Vilar obteve sua
primeira vitória -na outra passagem tinham sido dois empates e três derrotas- e, de quebra, registrou o primeiro triunfo do ano do Palmeiras sobre o
São Paulo. O placar era de três
derrotas e um empate.
"Acho que as pessoas têm
que conhecer um pouco melhor o Marcelo Vilar. Quando
assumi da outra vez, nem conheci o Leão. Estou aqui para
fazer o meu trabalho e não tenho olho no cargo de ninguém."
Ele disse ter se baseado no
trabalho de Tite para vencer o
São Paulo. "Não podia mudar
tudo em um treino. O que fiz foi
adiantar o Marcinho com o
Enílton", disse Vilar, que agora
espera o que virá pela frente. "A
diretoria é que vai analisar."
Apesar do tom heróico, percebido pela comemoração dos
jogadores junto aos torcedores
na virada do placar, os ânimos
no vestiários eram tensos.
O diretor de futebol Salvador
Hugo Palaia conta com a insatisfação, principalmente, dos
integrantes da comissão técnica, ligados ao ex-treinador Tite.
Nos corredores do hotel em
que o time esteve concentrado,
correu a versão de que a hostilidade dos torcedores a Tite depois do anúncio da demissão,
na sexta no aeroporto de Guarulhos, teria sido orquestrada
pelo cartola, que pode ser afastado sob o argumento de pegar
uma licença de três meses.
Palaia, no entanto, tentou se
manter inabalável no discurso.
"Não medi forças com ninguém
[sobre a saída de Tite]. E digo
que a minha saída nunca foi cogitada. Tenho o apoio do presidente De La Monica."
Palaia defendeu a permanência de Vilar e falou que a equipe
já está em recuperação.
Ao ser questionado se poderia pegar uma licença, o dirigente respondeu firme e com a
língua afiada. "Licença, para
mim, é licença médica. Se o
presidente oferecer a licença,
vou dizer que não estou cansado."0
(TONI ASSIS)
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