São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2004

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VÔLEI

A força jovem

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O time do Banespa é a surpresa do Campeonato Paulista. Venceu 11 dos 12 jogos que disputou e acabou a fase de classificação em primeiro lugar. A única derrota aconteceu sábado: classificado, jogou com uma equipe diferente das partidas anteriores e perdeu para o Araraquara por 3 sets a 1.
Está certo que o resultado levantou a bola do adversário e isso não é nada bom para o time, já que nas semifinais vai enfrentar novamente o Araraquara. O primeiro jogo da série melhor de três será no sábado. Na fase de classificação, o Banespa surpreendeu superando duas vezes o Suzano e a Ulbra-São Paulo.
Detalhe: o time só contou com Nalbert, que estava se recuperando de uma contusão no calcanhar, nas duas últimas partidas. O que impressiona na equipe é a juventude. Tirando Nalbert, 30, e o levantador Leandro, 32, os outros 15 jogadores têm entre 17 e 24 anos. A média de idade deles é 20,5 anos.
O que também chama a atenção é que, desses 15 jogadores, 11 vieram das categorias de base do Banespa, clube que, ao lado do Minas, tem a maior tradição de formação de atletas no país. Mais: desses meninos, cinco já foram campeões mundiais com a seleção brasileira infanto ou juvenil.
É o caso de Michael, 20 anos, um dos centrais titulares do time. Ele mede 2 m, foi campeão mundial infanto-juvenil em 2001 e tem mostrado muita evolução no ataque, no bloqueio e no saque. Outro exemplo é o levantador Vinhedo, 20, campeão mundial infanto-juvenil também em 2001.
Com muita velocidade nas mãos, Vinhedo ganhou a posição de titular. Com 1,85 m, é baixo para os padrões atuais do vôlei, mas ele compensa isso com muita disposição. Treina duro para melhorar no bloqueio e tem conseguido grandes resultados. É o primeiro a chegar aos treinos e o último a ir embora.
O técnico Mauro Grasso aponta a juventude, a força física e a disposição para treinar como as grandes qualidades do time. Na quadra, os jogadores seguem a tendência do vôlei moderno e descem a mão no saque. Com esse fundamento, a equipe tem destruído os adversários.
O certo é que o Suzano, do técnico Ricardo Navajas, também está na parada e é poderoso. Perdeu os dois jogos contra o Banespa, mas está se acertando. Tem André Nascimento, Rodrigão e amanhã disputa a última partida da fase de classificação com a Ulbra, que será sua rival também nas semifinais.
Apesar do pequeno número de clubes, do pouco público e do Campeonato Paulista não ter mais o brilho da década passada, pelo menos um consolo: as semifinais prometem uma boa disputa. E, se der a lógica, a tendência é que Banespa e Suzano se classifiquem para a grande final.
No feminino, também está tudo definido. O Osasco, do técnico Zé Roberto, vai pegar o Suzano nas semifinais. O outro confronto será Minas/São Bernardo x Pinheiros. A surpresa foi a eliminação do São Caetano. A equipe precisava vencer um set para se classificar, mas perdeu do Osasco por 3 a 0.

As estrelas
Campeões olímpicos, os brasileiros estão com a bola toda no Campeonato Italiano. Cinco foram convocados para o Jogo das Estrelas: Gustavo, Escadinha, Ricardinho, Ânderson e Henrique. Da seleção, ficaram de fora Giba, Dante, André Heller e Maurício (ele se recupera de uma cirurgia no braço). O time, uma seleção dos melhores jogadores do torneio, enfrentará domingo a seleção da Itália.

Supercopa Mercosul
Com seis times, começa hoje a Supercopa Mercosul, em Bento Gonçalves, no RS. A Unisul, atual campeã brasileira, estréia contra o Novo Hamburgo. O Bolívar (ARG) pegará o Caxias do Sul. E o Bento Gonçalves, time da casa, vai encarar o Minas. Todos os times se enfrentam. Os dois com melhores campanhas fazem final no domingo.

E-mail cidasan@uol.com.br

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