|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
A força jovem
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
O time do Banespa é a surpresa do Campeonato Paulista. Venceu 11 dos 12 jogos que
disputou e acabou a fase de classificação em primeiro lugar. A única derrota aconteceu sábado:
classificado, jogou com uma equipe diferente das partidas anteriores e perdeu para o Araraquara
por 3 sets a 1.
Está certo que o resultado levantou a bola do adversário e isso
não é nada bom para o time, já
que nas semifinais vai enfrentar
novamente o Araraquara. O primeiro jogo da série melhor de três
será no sábado. Na fase de classificação, o Banespa surpreendeu
superando duas vezes o Suzano e
a Ulbra-São Paulo.
Detalhe: o time só contou com
Nalbert, que estava se recuperando de uma contusão no calcanhar, nas duas últimas partidas.
O que impressiona na equipe é a
juventude. Tirando Nalbert, 30, e
o levantador Leandro, 32, os outros 15 jogadores têm entre 17 e 24
anos. A média de idade deles é
20,5 anos.
O que também chama a atenção é que, desses 15 jogadores, 11
vieram das categorias de base do
Banespa, clube que, ao lado do
Minas, tem a maior tradição de
formação de atletas no país. Mais:
desses meninos, cinco já foram
campeões mundiais com a seleção brasileira infanto ou juvenil.
É o caso de Michael, 20 anos,
um dos centrais titulares do time.
Ele mede 2 m, foi campeão mundial infanto-juvenil em 2001 e
tem mostrado muita evolução no
ataque, no bloqueio e no saque.
Outro exemplo é o levantador Vinhedo, 20, campeão mundial infanto-juvenil também em 2001.
Com muita velocidade nas
mãos, Vinhedo ganhou a posição
de titular. Com 1,85 m, é baixo
para os padrões atuais do vôlei,
mas ele compensa isso com muita
disposição. Treina duro para melhorar no bloqueio e tem conseguido grandes resultados. É o primeiro a chegar aos treinos e o último a ir embora.
O técnico Mauro Grasso aponta
a juventude, a força física e a disposição para treinar como as
grandes qualidades do time. Na
quadra, os jogadores seguem a
tendência do vôlei moderno e descem a mão no saque. Com esse
fundamento, a equipe tem destruído os adversários.
O certo é que o Suzano, do técnico Ricardo Navajas, também
está na parada e é poderoso. Perdeu os dois jogos contra o Banespa, mas está se acertando. Tem
André Nascimento, Rodrigão e
amanhã disputa a última partida
da fase de classificação com a Ulbra, que será sua rival também
nas semifinais.
Apesar do pequeno número de
clubes, do pouco público e do
Campeonato Paulista não ter
mais o brilho da década passada,
pelo menos um consolo: as semifinais prometem uma boa disputa.
E, se der a lógica, a tendência é
que Banespa e Suzano se classifiquem para a grande final.
No feminino, também está tudo
definido. O Osasco, do técnico Zé
Roberto, vai pegar o Suzano nas
semifinais. O outro confronto será
Minas/São Bernardo x Pinheiros.
A surpresa foi a eliminação do
São Caetano. A equipe precisava
vencer um set para se classificar,
mas perdeu do Osasco por 3 a 0.
As estrelas
Campeões olímpicos, os brasileiros estão com a bola toda no Campeonato Italiano. Cinco foram convocados para o Jogo das Estrelas:
Gustavo, Escadinha, Ricardinho, Ânderson e Henrique. Da seleção,
ficaram de fora Giba, Dante, André Heller e Maurício (ele se recupera
de uma cirurgia no braço). O time, uma seleção dos melhores jogadores do torneio, enfrentará domingo a seleção da Itália.
Supercopa Mercosul
Com seis times, começa hoje a Supercopa Mercosul, em Bento Gonçalves, no RS. A Unisul, atual campeã brasileira, estréia contra o Novo Hamburgo. O Bolívar (ARG) pegará o Caxias do Sul. E o Bento
Gonçalves, time da casa, vai encarar o Minas. Todos os times se enfrentam. Os dois com melhores campanhas fazem final no domingo.
E-mail cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: Derby fica no empate 0x0 Próximo Texto: Panorâmica - Futebol: Ronaldinho marca, e Barcelona segue invicto Índice
|