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BASQUETE
Após atraso, baixas e polêmica com CBB, torneio dirigido por clubes e criado por ex-atleta começa com 1 patrocinador
Liga de Oscar larga hoje com o bolso vazio
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
De bolso vazio, a Nossa Liga de
Basquetebol joga ao alto hoje sua
primeira bola. Sete meses depois
das tentativas iniciais, o torneio
idealizado pelo ex-jogador Oscar
Schmidt dá a largada na cidade de
Limeira (150 km a noroeste de São
Paulo), às 20h10, onde a equipe da
casa recebe o Rio de Janeiro.
A NLB, que chegou a anunciar
26 equipes, começará sua trajetória com 18 times, de sete Estados.
Praças de pouca tradição no esporte, como Pará e Piauí, serão representados respectivamente por
Paysandu e Teresinense.
O primeiro momento da iniciativa esbarra na falta de dinheiro.
Transmitido pelo canal fechado
ESPN Brasil, o torneio começará
com apenas um patrocinador, o
da bola do campeonato: Wilson.
De acordo com os organizadores, novos anunciantes devem ser
divulgados em cerca de dez dias.
Curiosamente, a dificuldade em
angariar dinheiro foi justamente
um dos motivos que afastaram os
clubes da CBB (Confederação
Brasileira de Basquete).
Na nova liga, regulamento e tabela foram definidos pelos próprios times, que repartirão a receita do torneio.
A Folha apurou que o custo médio de um time na NLB será de R$
20 mil mensais -no ano passado,
as equipes reclamaram que as
despesas do Nacional da CBB
consumiam em média R$ 50 mil
por mês. A queda no custo seduziu times pequenos. "Nosso orçamento não permitia opção mais
cara", afirmou Miguel Sampaio,
diretor do Paysandu.
A fórmula definida para cortar
gastos foi reduzir viagens. Divididas em duas conferências - Norte e Sul-, as equipes visitantes jogarão duas vezes no Piauí e no Pará, abrindo mão do duelo que teriam direito como mandante.
A "caridade", entretanto, não
será de graça. As equipes do Norte
terão de colocar a mão no bolso
para custear as despesas dos times
visitantes -ou parte delas.
As dificuldades financeiras não
são o único problema da NLB,
que foi retaliada pela confederação antes mesmo de seu início.
Não reconhecida pela entidade, a
liga viu a debandada de times tradicionais, como Franca, Paulistano, Ribeirão Preto e as equipes do
grupo Universo, que vão disputar
o Brasileiro da CBB a partir de 11
de dezembro. Ao todo, 28 times
participarão do Nacional.
A confederação foi além: os jogadores que participarem da NLB
não poderão defender a seleção
brasileira, que ano que vem disputará, entre 19 de agosto e 3 de
setembro, o Mundial no Japão.
"Vamos valorizar quem acreditou no nosso projeto. Seremos
transparentes e democráticos. É o
que o basquete mais precisa",
afirmou Oscar.
O campeonato feminino da
NLB reúne até agora seis equipes:
Rio Preto, São Bernardo, Piracicaba, Pindamonhangaba, Niterói e
Maringá. A estréia está marcada
para o dia 19 de novembro.
NA TV - Limeira x Rio de
Janeiro, ESPN Brasil, ao vivo,
às 20h10
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