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DOPING
Canadense critica Samaranch, ex-COI, pela "repressão zero"
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Wada
(Agência Mundial Antidoping), Dick Pound, acusou a
gestão de Juan Antonio Samaranch no COI (Comitê
Olímpico Internacional) de
"pôr o doping para baixo do
tapete para proteger os interesses da entidade".
"Samaranch não estava
preocupado com isso [doping]", disse Pound à agência
de notícias Reuters. "Não havia dinheiro para pesquisas,
e Samaranch não demonstrava interesse em usar a força do COI contra as federações [das modalidades] para
que elas fizessem seu trabalho [de combate ao doping]."
O espanhol assumiu o comitê olímpico em 1980. Seu
mandato, até 2001, foi marcado pelas somas vultosas
que entraram nos cofres do
COI e pela "explosão" comercial dos Jogos Olímpicos.
Também foi manchado pelos
escândalos de corrupção na
escolha de cidades-sedes da
competição olímpica.
Jacques Rogge, o belga que
sucedeu Samaranch no COI,
notabilizou-se pelo combate
ao doping em seu mandato.
Pound disse que o caso
Festina, em 1998, foi um divisor de águas no combate ao
doping. O episódio eclodiu
na Volta da França daquele
ano, quando a polícia efetuou prisões de integrantes
de equipes e atletas e fez buscas em vários hotéis.
Pound afirmou que o caso
Festina (equipe de ciclismo)
levou à criação da Agência
Mundial Antidoping. Segundo ele, a credibilidade do COI
e das federações internacionais estava sendo minada.
"Disse a ele [Samaranch]:
"Estamos numa posição em
que ninguém acredita mais
no COI. Ninguém acredita
na UCI [a federação internacional de ciclismo]". O que
nós precisamos é uma agência completamente independente", contou Pound.
O canadense deixará o comando da Wada no final deste ano. Ele assumiu em 1999.
Samaranch não foi encontrado ontem para comentar
as declarações de Pound.
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