São Paulo, domingo, 25 de outubro de 2009

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Palmeiras se arma para ferrolho de Muricy

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sai o time em busca do gol, entra o ferrolho armado por Muricy Ramalho, bem ao estilo que consagrou boa parte de suas conquistas no São Paulo.
Os últimos resultados do líder do Campeonato Brasileiro, somados aos desfalques que têm desfigurado o conjunto titular do treinador, deverão mudar a característica da equipe.
Desde que assumiu o cargo, no final de julho, Muricy tentou não alterar muito a forma que o time vinha atuando sob o comando dos antecessores Vanderlei Luxemburgo e, depois, Jorginho, hoje seu auxiliar.
Um time leve, que contragolpeava com rapidez, porém sem se desguarnecer na defesa. Nos rankings do Datafolha, ele se destacava em fundamentos como drible e passes corretos.
O novo técnico chegou até a escalar o Palmeiras com três atacantes, a exemplo do que ocorreu na derrota para o Coritiba (1 a 0), em 19 de agosto.
Vieram as derrotas -três seguidas, ante Náutico, Flamengo e Santo André-, as lesões e as suspensões de peças-chave do elenco. E, com elas, o desejo de mudança do treinador.
"Temos de mudar a estratégia. Nosso time está arriscando demais para aumentar a vantagem [na liderança do torneio] e se abrindo. Tem de mudar a maneira de pensar", disse Muricy, após o último revés.
No final da semana, dois fatores contribuíram para que a nova filosofia ganhasse peso.
Primeiro, a contusão do meia Cleiton Xavier, que desfalcará o Palmeiras pelas próximas cinco rodadas, no mínimo, de acordo com as previsões do departamento médico do clube.
Anteontem, foi a vez do anúncio da suspensão do atacante Vagner Love, que não poderá pegar o Goiás nesta quinta-feira, no Parque Antarctica.
Tendo de recorrer aos reservas, Muricy deverá aproveitar o momento para fechar o time. Assim, nomes como os de Jumar e Sandro Silva voltam a ganhar força no meio-campo.
A partir de amanhã, quando o líder do Brasileiro estará concentrado em Atibaia, o ex-são-paulino vai esboçar a nova formatação do grupo titular.
A expectativa é que ele abandone o 4-4-2, esquema utilizado atualmente, e opte pelo 3-5-2, com o qual ele venceu boa parte da campanha do tricampeonato no clube do Morumbi.
"Temos de fechar a "casinha'", afirmou o volante Edmilson, dando a primeira pista do que virá pela frente.



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