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Após escândalo da Fifa, Suíça estuda endurecer lei
FUTEBOL
Hoje, legislação anticorrupção do país exclui órgãos esportivos
DE SÃO PAULO
A Suíça discute alterações
na sua lei criminal, branda
com organismos esportivos
sediados no país. A atitude
ocorre por causa do escândalo que atingiu a Fifa, cujos
membros são acusados de
tentar vender votos para definir os anfitriões das Copas do
Mundo de 2018 e 2022.
Pela legislação suíça, nenhum membro da entidade
ou a sua diretoria está sujeito
a punições legais caso sejam
provadas suspeitas de negociação de apoio nas eleições.
O nigeriano Amos Adamu
e o taitiano Reynald Temarii,
do Comitê Executivo da Fifa,
foram flagrados pelo jornal
"Sunday Times" pedindo dinheiro para votarem a favor
de certas candidaturas.
Só que as leis anticorrupção suíças excluem organismos esportivos, que também
têm isenções fiscais.
O Ministério do Esporte estuda endurecer as leis sobre
os cerca de 40 organismos esportivos sediados no país, segundo o jornal suíço "Sonntagszeitung". A pasta confirmou ontem a informação à
agência France Presse.
Tanto que um dirigente do
ministério, Christoph Lauerer, classificou o problema da
corrupção no esporte como
"maior do que o do doping".
Mas não há consenso no
governo sobre a mudança, já
que o Ministério da Justiça
não vislumbrava alterações
na legislação nesta semana.
Há pressão internacional
pelas modificações, até porque a Suíça tem endurecido
suas leis criminais.
"Isso [a lei suíça] é um
grande erro", afirmou Anne
Schwöbel, diretora da Transparência Internacional na
Suíça. "O governo decidiu
que esses corpos não eram
comerciais, mas há grandes
somas por trás do esporte."
Um exemplo de como a Fifa é beneficiada por leis frouxas foi o caso de subornos da
ISL a executivos da entidade.
Esses pagamentos irregulares, em um total de mais de
US$ 100 milhões, foram comprovados pela Justiça suíça.
Mas só houve a aplicação
de uma multa à Fifa. Nenhum dos dirigentes acusados de receber dinheiro foi
processado legalmente.
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