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Outro nível
Alonso prossegue com sua maré de sorte, vence na Coreia, vê seus maiores rivais saírem do GP, assume
liderança e pode ser tricampeão em Interlagos
Greg Baker/Associated Press
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No pódio, Alonso comemora vitória na Coreia
GP da Coreia do Sul
1º F. Alonso 2h48min20s810
2º Lewis Hamilton a 14s999
3º Felipe Massa a 30s868
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A YEONGAM
"O que mudou da metade do campeonato para agora?
Minha sorte", resumiu um sorridente Fernando Alonso, ontem, ao vencer o primeiro
GP da Coreia do Sul de F-1.
Motivos não faltavam ao
ferrarista para sorrir. A quarta vitória nas últimas sete
etapas, a quinta no ano, o alçou à liderança do Mundial.
Mais que isso. Com o abandono de Mark Webber, ao
perder o controle de seu Red
Bull, Alonso pode sagrar-se
tricampeão daqui a duas semanas, em Interlagos, com
uma prova de antecedência.
No melhor cenário para o
espanhol, uma vitória em
São Paulo será suficiente, caso Webber termine no máximo em quinto no GP Brasil.
Faltando duas etapas para
o fim da temporada, os cinco
pilotos que chegaram à Coreia com chances de ficar
com o título se mantiveram
matematicamente na disputa, mas apenas Alonso e
Webber dependem apenas
de seus próprios resultados.
"Apesar de ter assumido a
liderança, nada mudou para
mim porque, com o novo sistema de pontuação, as coisas
mudam rapidamente e basta
você não pontuar em uma
corrida para despencar", disse o espanhol, que manteve o
bom retrospecto da Ferrari
em corridas estreantes no calendário da F-1. Das últimas
dez provas, triunfou em seis.
Ontem, a situação não parecia fácil. A chuva intermitente desde sábado forçou a largada atrás do safety car.
Após três voltas, a direção de prova deu bandeira vermelha e suspendeu a corrida.
Foram mais de 45 minutos de
espera até que a disputa fosse reiniciada, mais uma vez
atrás do safety car, que só retornou aos boxes no 18º giro.
Só então o pole, o alemão
Sebastian Vettel, pôde acelerar. Apenas uma volta depois, Webber, o segundo colocado, perdeu o controle do carro, bateu no muro e atravessou a pista, levando junto Nico Rosberg, da Mercedes.
Foi justamente aí o primeiro momento de sorte de Alonso ontem. Terceiro no grid,
escapou, por pouco, de ser arrastado por Webber.
Após novo safety car, a
prova seguiu com Vettel,
Alonso, Lewis Hamilton e Felipe Massa nas quatro primeiras posições. Até que nova
entrada do carro madrinha,
na 31ª volta, quase mudou o cenário mais uma vez.
Hamilton e Massa entraram nos boxes imediatamente, mas Vettel e Alonso deram uma volta a mais. O espanhol gastou tempo na troca de pneus e perdeu o segundo posto para Hamilton.
Mas a sorte estava a seu lado e, apenas três voltas depois, o piloto da McLaren errou uma freada e devolveu o segundo lugar a Alonso.
Àquela altura Vettel parecia caminhar para a segunda
vitória seguida. Mas ontem
era o dia do espanhol. E, a
dez voltas da bandeirada, o motor da Red Bull estourou.
"Estamos vencendo mais
agora por causa do fator sorte. Hoje [ontem] era o terceiro, uma Red Bull bateu e a
outra abandonou. Sorte no final do ano é uma recompensa", disse Alonso, que há
apenas quatro GPs era o
quinto na tabela. "Esta vitória tem sabor especial."
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