São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2011

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CURTO PRAZO

São Paulo contrata Leão só para o fim do ano e diz que eventual fracasso com novo técnico será culpa do elenco, que pode passar por reformulação

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Emerson Leão acertou sua volta ao São Paulo ciente de que sua passagem pelo clube tem prazo de validade curto.
Mas não é apenas o treinador que está na berlinda. A diretoria são-paulina entende que, se a equipe não der resultado até o fim do ano, os jogadores serão os responsáveis pelo insucesso no ano.
"Se até o final deste ano a equipe se mostrar impotente em relação aos resultados, conclui-se que o problema não é mais o treinador, mas o time", declarou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, ontem, à Folha.
Com contrato até o fim deste ano, Emerson Leão, então, tem a chance de salvar não apenas a sua pele como também a de jogadores que não têm rendido o esperado.
Ninguém no Morumbi, porém, imagina que o vínculo com o treinador possa ser estendido para o ano que vem.
A reportagem apurou que o São Paulo continua em busca de um treinador de primeiro escalão para a próxima temporada. A intenção é aguardar as mudanças do mercado de dezembro para tentar buscar nomes como o de Luiz Felipe Scolari, Paulo Autuori ou Muricy Ramalho.
"Sobre o ano que vem, depende deste ano. Cada um tem que demonstrar o dia a dia, a qualidade, o resultado", afirmou Leão, ontem, em entrevista coletiva.
João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol, propaga que são grandes as possibilidades de Leão continuar no clube em 2012.
"A intenção é que ele fique. Isso fez parte da nossa conversa. Vamos sentar após a última partida da temporada. Se os resultados forem muito bons e ele estiver feliz com o trabalho, ele pode até se aposentar aqui", disse o cartola.
O discurso é o mesmo da apresentação de Adilson Batista, que também tinha contrato curto e foi demitido.
Na realidade, o plano original da diretoria era manter o auxiliar Milton Cruz como interino o máximo de tempo possível, à espera de um dos "medalhões" desejados.
Mas a sequência de sete jogos sem vencer no Brasileiro e a apatia mostrada nas duas partidas depois da demissão de Adilson Batista fizeram o clube mudar de ideia.
Daí a contratação de um técnico desempregado há 14 meses -desde que deixou o Goiás "atirando" contra a diretoria-, mas com fama de chacoalhar ambientes e obter resultados rapidamente.
São justamente essas as características que o São Paulo deseja para não ficar fora da Libertadores do próximo ano.
Leão terá de oito a 14 jogos (se for à final da Copa Sul-Americana) para alcançar o objetivo de convencer a diretoria a mudar de plano e desistir de buscar outro técnico.



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