UOL


São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Técnico afirma ter projeto para 2004, nega que há oferta do Japão e espera cúpula palmeirense para renovar contrato

Picerni diz que quer ficar e joga pressão sobre os dirigentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Campeão da Série B, o técnico do Palmeiras, Jair Picerni, disse querer permanecer no clube em 2004 e desmentiu rumores sobre a existência de uma proposta de um clube do futebol japonês.
"Dizem que vou ganhar US$ 1,5 milhão. Então me dá 30% de adiantamento que me resolve um problema, compro mais um terreninho lá em Vinhedo e fica tudo tranquilo. Na verdade, tudo isso é especulação", afirmou Picerni.
Segundo o treinador, cujo contrato termina no dia 31 de dezembro, sua principal intenção é a de continuar no Palmeiras, o que só dependeria de um acerto com a diretoria. "Meu plano é dar uma sequência no trabalho feito", disse. "Vamos esperar o jogo que ainda nos falta e ver o que o presidente [Mustafá Contursi] pensa."
Quanto ao que fará em termos de preparação e contratações para o ano que vem, Picerni foi enigmático: "Já tenho o planejamento pronto na cabeça, mas não penso em reforços porque não sei quem vai sair e quem vai ficar".
A intenção de ficar teria ganho força com a volta do time à primeira divisão do futebol brasileiro. "Como o Palmeiras voltou para a elite, a tendência é o trabalho ser facilitado", disse Picerni. "Houve sintonia com a torcida, e fiquei muito grato por isso. Dá para dar uma sequência boa aí."
Os jogadores seriam unânimes pela permanência do técnico. "O Picerni foi fundamental para colocar a casa em ordem", disse o goleiro Marcos. "Ele lutou com a gente por tudo. Se ele tiver condições de ficar, é claro que queremos isso. O Jair é muito importante para nós", afirmou Vágner.
Com relação ao jogo contra o Botafogo, no próximo sábado, às 16h, no Parque Antarctica, o treinador disse que pretende escalar sua força máxima para a partida que promete ser uma espécie de festa do acesso, com a entrega da taça de campeão e a volta olímpica diante da torcida.
"Vamos colocar em campo o que temos de melhor. O estádio vai contar com cerca de 30 mil torcedores no sábado. Não será o jogo da nossa vida, mas temos de fazer o melhor", afirmou Picerni.
O bom trabalho feito com os jogadores da base na campanha do título é outro ponto que dá ao treinador mais condições de se sentar com a diretoria e renovar o contrato por mais uma temporada.
"Revelamos uns cinco ou seis jogadores que foram bem na Série B do Brasileiro. É um trabalho que há muito tempo não era feito aqui, e a torcida entendeu isso", comentou o treinador.
Já em relação ao seu futuro, Picerni adota uma postura cautelosa. Ele não antecipa um acordo e trata de jogar a responsabilidade pela renovação para os cartolas.
"Isso é uma coisa que não depende de mim. Durante o tempo em que eu estive no Palmeiras, recebi propostas do Internacional, do Flamengo, do Cruzeiro, do Peru e também da Arábia", afirmou.
Nesta semana, Picerni, que recebe R$ 80 mil líquidos por mês, deverá ter um encontro com a diretoria, e um primeiro contato no sentido de manter o treinador deve acontecer até a sexta-feira.
Mas, enquanto treinador e dirigentes tratam de renovação, o Palmeiras volta aos treinos hoje à tarde. O goleiro Marcos, o lateral Lúcio e o meia Diego Souza devem ser avaliados, mas não preocupam para a partida do final de semana contra o Botafogo.
A única alteração em relação ao time que venceu o Sport por 2 a 1 é o retorno do volante Marcinho, que cumpriu suspensão, no lugar de Adãozinho, que foi expulso na partida de Garanhuns.


Texto Anterior: Futebol: Bebeto e Jorginho podem fincar pé na China
Próximo Texto: Clube pode ficar sem a defesa titular
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.