São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VELA

Federação, que já tem local de apoio na Europa, pretende gastar mais na Ásia

Esporte mais medalhado do país quer base na China

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A manutenção de uma base na Europa foi considerada pela vela brasileira um trunfo para ganhar dois ouros em Atenas.
Para Pequim-2008, o esporte mais medalhado do país quer repetir a experiência. Desta vez, porém, os custos serão mais altos.
"Vamos fazer caixa nos próximos dois anos para termos ao menos um contêiner para guardar nossos barcos na China a partir de 2006", diz Walcles Alencar Osório, presidente da FBVM (Federação Brasileira de Vela e Motor).
O corte de 15% de despesas já começou. A federação não enviará barcos para as provas européias neste fim de ano. "Não tem sentido. O ciclo olímpico está no começo. As regatas de agora não valem nada. Vamos priorizar Mundiais e Pré-Olímpicos."
O dirigente quer economizar R$ 300 mil ao ano. Em 2004, a federação ganhou R$ 1.836.000 em verbas da Lei Piva. A vela é um dos seis "grandes", que recebem mais recursos das loterias, ao lado de atletismo, basquete, ginástica, desportos aquáticos e vôlei.
Em 2004, foram gastos R$ 2 milhões com a preparação olímpica. A verba veio também do bingo e do Fundo Olímpico do COB.
"Temos que administrar a pobreza. Os europeus gastam muito mais do que nós. O Reino Unido tem orçamento de uns US$ 20 milhões", diz Osório, referindo-se à delegação que mais obteve medalhas na vela em Atenas (dois ouros, uma prata e dois bronzes).
A base européia, localizada às margens do lago de Como (Itália), a 80 km de Milão, será mantida.
"A maioria das regatas é na Europa. Lá serão os classificatórios para a Olimpíada. Mas é importante conhecer a raia olímpica. A China terá que fazer pelo menos dois eventos-teste lá", argumenta.
Em abril, uma equipe técnica da FBVM integrará missão do COB que irá à China para se reunir com os organizadores. "As provas serão em Qingdao, que fica a uns 600 km de Pequim. Vamos estudar as condições locais. Só depois disso é que teremos uma previsão de gastos na China", comenta.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: Linha-05
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.