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VELA
Federação, que já tem local de apoio na Europa, pretende gastar mais na Ásia
Esporte mais medalhado do país quer base na China
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A manutenção de uma base na
Europa foi considerada pela vela
brasileira um trunfo para ganhar
dois ouros em Atenas.
Para Pequim-2008, o esporte
mais medalhado do país quer repetir a experiência. Desta vez, porém, os custos serão mais altos.
"Vamos fazer caixa nos próximos dois anos para termos ao menos um contêiner para guardar
nossos barcos na China a partir de
2006", diz Walcles Alencar Osório, presidente da FBVM (Federação Brasileira de Vela e Motor).
O corte de 15% de despesas já
começou. A federação não enviará barcos para as provas européias neste fim de ano. "Não tem
sentido. O ciclo olímpico está no
começo. As regatas de agora não
valem nada. Vamos priorizar
Mundiais e Pré-Olímpicos."
O dirigente quer economizar R$
300 mil ao ano. Em 2004, a federação ganhou R$ 1.836.000 em verbas da Lei Piva. A vela é um dos
seis "grandes", que recebem mais
recursos das loterias, ao lado de
atletismo, basquete, ginástica,
desportos aquáticos e vôlei.
Em 2004, foram gastos R$ 2 milhões com a preparação olímpica.
A verba veio também do bingo e
do Fundo Olímpico do COB.
"Temos que administrar a pobreza. Os europeus gastam muito
mais do que nós. O Reino Unido
tem orçamento de uns US$ 20 milhões", diz Osório, referindo-se à
delegação que mais obteve medalhas na vela em Atenas (dois ouros, uma prata e dois bronzes).
A base européia, localizada às
margens do lago de Como (Itália),
a 80 km de Milão, será mantida.
"A maioria das regatas é na Europa. Lá serão os classificatórios
para a Olimpíada. Mas é importante conhecer a raia olímpica. A
China terá que fazer pelo menos
dois eventos-teste lá", argumenta.
Em abril, uma equipe técnica da
FBVM integrará missão do COB
que irá à China para se reunir com
os organizadores. "As provas serão em Qingdao, que fica a uns
600 km de Pequim. Vamos estudar as condições locais. Só depois
disso é que teremos uma previsão
de gastos na China", comenta.
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