DA REPORTAGEM LOCAL

Para aderir à Timemania, o Flamengo reconheceu ter uma dívida total de R$ 207 milhões com o governo federal. Esse valor é bem acima do registrado no balanço do clube de 2006.
A diferença explica-se pelas regras da loteria. Pelo seu regulamento, os times são obrigados a confessar todas as suas dívidas, inclusive as que ainda são objeto de disputa judicial. Assim, os clubes não poderiam mais contestar esses valores.
Mas há uma liminar obtida pelo Sindicado dos Clubes de Futebol que dá aos cartolas o direito de manter recursos judiciais para anular débitos com o governo. Em caso de sucesso, as dívidas seriam excluídas da Timemania, cujas apostas começarão no ano que vem.
Pelo balanço de 2006, o débito fiscal do Flamengo é de R$ 141,8 milhões. "Estávamos em estado de falência. Saímos agora [com a Timemania]. Então, poderemos apoiar a criação de modelo empresarial para o futebol", afirma o presidente do clube, Márcio Braga.
Com a Timemania, os rubro-negros obtiveram certidões negativas de débitos dos órgãos fiscais. Ou seja, não poderão mais sofrer execuções por essas ações. Os débitos fiscais representavam em torno de 60% do montante do passivo do clube.
Mas ainda há problemas como os empréstimos bancários, que tinham chegado a R$ 9,8 milhões no final de 2006. "Voltamos a ter crédito na praça", comemora Braga. (RM)

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