|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Capitão", 35, se despede da seleção
DO ENVIADO A UBERLÂNDIA
Quando os árbitros levantaram as bandeiras
brancas, decretando a vitória de Leonardo Leite
sobre Mário Sabino na luta decisiva, a seleção deixou de contar com seu
atleta-enciclopédia.
Famoso por conhecer
um grande número de judocas do circuito internacional -e de todas as categorias, masculinas e femininas-, Sabino, 35, encerrou ontem sua participação na equipe nacional.
Como atleta.
Veteranos dos Jogos de
Sydney e Atenas, o medalhista de bronze no Mundial de Osaka-2003 diz
que fechou o ciclo na seleção. Agora, almeja o Mundial Militar de 2008, antes
de encerrar o ciclo como
judoca internacional.
"Vou continuar competindo por meu clube e quero ajudar o judô no que puder. Pretendo participar
dos treinos para Pequim
com o Léo Leite e com o
Luciano Corrêa [titular da
seleção]. Depois, posso seguir os passos do Henrique Guimarães [ex-judoca, hoje treinador da seleção júnior] e ajudar na comissão técnica, se houver
a oportunidade", disse o
meio-pesado, que pode repetir a trajetória de um de
seus rivais, Nicolas Gill,
hoje técnico do Canadá.
Segundo sua avaliação, o
que pesou para a desclassificação não foi a parte física. "Trabalho o físico constantemente no quartel e
na academia", disse o judoca, que é policial militar.
"Faltou trabalhar melhor a parte técnica do judô. E, na realidade, não tenho mais tempo para me
dedicar ao emprego, cuidar dos três filhos e ainda
realizar os treinamentos
técnicos com o empenho
que o esporte de alto rendimento exige", disse ele.
"O judô brasileiro se
despediu hoje de um grande samurai, de um atleta
exemplar, que, durante
anos, tive o prazer de chamar de capitão [da equipe]", disse o meio-médio
Flávio Canto, ao comentar
a decisão de Sabino. (LF)
Texto Anterior: Ishii e Canto mantêm geração de Atenas viva Próximo Texto: Próximo dos 40, Schumacher descobre diversão em 2 rodas Índice
|