|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
até ele
Palco da final da Copa não tem projeto
Maracanã, único postulante à decisão de 2014, ainda carece de proposta de reforma após "plano conceitual" ser reprovado
Atraso desagrada ao comitê organizador e à Fifa, e gasto do governo do Rio, que deveria ser zero, já pode atingir R$ 430 mi com obras
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
Único postulante a receber a
final da Copa-2014, o Maracanã
ainda não tem um projeto básico de reforma para o torneio. O
comitê do Rio foi o único, entre
as 12 sedes do Mundial, a não
entregar para a Fifa e para o
COL (Comitê Organizador Local) a proposta do estádio.
Em janeiro deste ano, a capital fluminense havia mostrado
um projeto conceitual feito pelo escritório de arquitetura
Castro Mello. Esse documento,
na verdade um estudo preliminar das obras, foi reprovado.
Os organizadores da Copa no
Brasil estipularam outros dois
prazos para a entrega e melhora das propostas das sedes.
No primeiro, em julho, nenhuma proposta do Rio foi enviada. No segundo, em setembro, de novo a cidade passou
em branco. A Fifa já respondeu,
em um relatório, e fez observações às outras 11 cidades.
A Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Rio alega que o
projeto definitivo sairia da PPP
(Parceria Público-Privada).
Mas como o governo estadual desistiu da PPP alegando
falta de um fundo garantidor
para socorrer, se necessário, o
consórcio privado, a Emop
(Empresa de Obras Públicas)
prepara um novo projeto executivo, com financiamento do
BNDES, para ser licitado até
início do ano que vem.
O governo do Rio, que previa
desembolso público zero, agora
terá de arcar com os R$ 430 milhões previstos para a reforma.
O Comitê Organizador Local
afirma que, até o momento, todas as sedes estão dentro do
cronograma e que as cobranças, de fato, serão feitas a partir
de março, quando as obras dos
estádios devem começar.
Apesar do discurso oficial, há
descontentamento no COL. "O
Maracanã é um caso excepcional em que o projeto arquitetônico não tem grande impacto,
já que o estádio é tombado. Trata-se de uma reforma para correção de alguns poucos problemas operacionais e adequação
ao caderno de encargos da Fifa,
com mudancas mais visíveis no
seu entorno imediato e no interior do estádio", afirma, em nota, a Secretaria de Esporte.
Segundo a Folha apurou,
não é o que pensam o comitê
organizador e a Fifa. As entidades entendem que são necessárias reformas estruturais, e não
apenas o que consideram uma
maquiagem no Maracanã.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: No Engenhão: Bope simula sequestro no Rio Índice
|