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SANTOS
Liminar na Justiça opõe diretoria e empresários
Investidores falam em retaliar, time desdenha
BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
A liminar obtida na Justiça
contra a DIS tem reflexos
muito maiores do que o factual. Com a decisão, o Santos
conseguirá reaver os direitos
econômicos dos atletas comprados pela empresa pelo
mesmo valor pago por ela.
Mas o fato faz com que investidores pensem mais antes de pôr um atleta no clube.
"Ou o investidor se adapta
à política do clube, ou não há
negócio", afirma Paulo de
Carvalho, subdiretor do futebol amador do Santos. A frase explica bem a atitude adotada. Agora, para um atleta
entrar no Santos, o clube tem
que ter, pelo menos, 70% dos
direitos econômicos. Mas,
normalmente, esse percentual fica entre 80% e 85%.
De acordo com um agente
com bom trânsito no Santos,
as medidas põem em xeque
os futuros investimentos no
clube. Seu argumento é de
que não faz sentido uma empresa investir dinheiro em
um atleta e não recuperar esse investimento com lucro.
Sem querer comentar o assunto, a DIS afirma que vai
recorrer à ação judicial.
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