São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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Pelé dá apoio a Teixeira na Fifa

FUTEBOL
Ex-atleta diz que, "se precisar", defenderá candidatura de cartola da CBF em 2015


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

Pelé anunciou apoio à candidatura de Ricardo Teixeira à presidência da Fifa. Com uma ressalva: "Se precisar".
O ex-atleta informou sua posição durante evento de uma rede de ensino superior à distância do qual é garoto-propaganda, ontem, em um hotel de Guarulhos.
"Esta história [da candidatura] está acontecendo desde o ano passado ou retrasado. João Havelange foi um brasileiro [na presidência da Fifa] e foi importante para o país. Se o Ricardo Teixeira for candidato mesmo, claro que vou apoiar, se precisar", afirmou.
A próxima eleição da Fifa será somente em 2015, quando se encerra o quarto mandato do suíço Joseph Blatter na presidência do entidade.
Na segunda-feira, durante a Soccerex, feira internacional de negócios de futebol, no Rio, João Havelange, antecessor de Blatter na Fifa, declarou-se favorável à candidatura de Ricardo Teixeira, de quem foi sogro até 1997.
"O Ricardo [Teixeira] já mostrou ser um ótimo administrador. É preparado. Se vier a ser lançado como candidato, será, sem dúvida, uma grande conquista para o futebol mundial", declarou.
Até dois anos atrás, seria improvável que Pelé se pronunciasse favorável a qualquer ação de Ricardo Teixeira. Os dois ficaram mais de 15 anos em lados opostos nos bastidores do futebol nacional. A rixa começou em 1993, quando Pelé acusou, em entrevista, a administração de Teixeira de ser corrupta.
O ex-atleta foi processado pelo presidente da CBF e excluído de sorteios das Copas de 1994 a 2002 por Havelange, que, nesta época, ainda era sogro do cartola da CBF.
O rompimento durou até 2008, quando Pelé foi convidado a integrar o Comitê da Fifa para a Copa de 2014. Os detalhes da reaproximação jamais foram revelados, e Pelé atribui à imprensa o motivo da querela entre ambos.
Ontem, Pelé afirmou que também espera trabalhar no Comitê Organizador Local do próximo Mundial, que é presidido por Ricardo Teixeira.
Havelange foi um dos primeiros a tornar pública a ideia de ter Teixeira na Fifa.
Quando perguntado, em entrevista à Folha, em junho de 2008, se um ex-jogador poderia dirigir a entidade, João Havelange não hesitou em apresentar sua sugestão.
"Se for, primeiro vai ser presidida pelo Ricardo [Teixeira]. Depois, vai ser o Michel Platini. Já não estarei vivo. Ele é excepcional, inteligente. Tive admiração por esse rapaz na Copa-98", disse.


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