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Pelé dá apoio a Teixeira na Fifa
FUTEBOL
Ex-atleta diz que, "se precisar", defenderá candidatura de cartola da CBF em 2015
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
Pelé anunciou apoio à candidatura de Ricardo Teixeira
à presidência da Fifa. Com
uma ressalva: "Se precisar".
O ex-atleta informou sua
posição durante evento de
uma rede de ensino superior
à distância do qual é garoto-propaganda, ontem, em um
hotel de Guarulhos.
"Esta história [da candidatura] está acontecendo desde
o ano passado ou retrasado.
João Havelange foi um brasileiro [na presidência da Fifa]
e foi importante para o país.
Se o Ricardo Teixeira for candidato mesmo, claro que vou
apoiar, se precisar", afirmou.
A próxima eleição da Fifa
será somente em 2015, quando se encerra o quarto mandato do suíço Joseph Blatter
na presidência do entidade.
Na segunda-feira, durante
a Soccerex, feira internacional de negócios de futebol,
no Rio, João Havelange, antecessor de Blatter na Fifa,
declarou-se favorável à candidatura de Ricardo Teixeira,
de quem foi sogro até 1997.
"O Ricardo [Teixeira] já
mostrou ser um ótimo administrador. É preparado. Se
vier a ser lançado como candidato, será, sem dúvida,
uma grande conquista para o
futebol mundial", declarou.
Até dois anos atrás, seria
improvável que Pelé se pronunciasse favorável a qualquer ação de Ricardo Teixeira. Os dois ficaram mais de 15
anos em lados opostos nos
bastidores do futebol nacional. A rixa começou em 1993,
quando Pelé acusou, em entrevista, a administração de
Teixeira de ser corrupta.
O ex-atleta foi processado
pelo presidente da CBF e excluído de sorteios das Copas
de 1994 a 2002 por Havelange, que, nesta época, ainda
era sogro do cartola da CBF.
O rompimento durou até
2008, quando Pelé foi convidado a integrar o Comitê da
Fifa para a Copa de 2014. Os
detalhes da reaproximação
jamais foram revelados, e Pelé atribui à imprensa o motivo da querela entre ambos.
Ontem, Pelé afirmou que
também espera trabalhar no
Comitê Organizador Local do
próximo Mundial, que é presidido por Ricardo Teixeira.
Havelange foi um dos primeiros a tornar pública a
ideia de ter Teixeira na Fifa.
Quando perguntado, em
entrevista à Folha, em junho
de 2008, se um ex-jogador
poderia dirigir a entidade,
João Havelange não hesitou
em apresentar sua sugestão.
"Se for, primeiro vai ser
presidida pelo Ricardo [Teixeira]. Depois, vai ser o Michel Platini. Já não estarei vivo. Ele é excepcional, inteligente. Tive admiração por esse rapaz na Copa-98", disse.
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