São Paulo, quarta, 25 de novembro de 1998

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VÔLEI
Seleção masculina obtém a vaga ao bater Cuba por 3 a 0; Itália e Iugoslávia são prováveis rivais na próxima fase
Brasil é o 1º semifinalista do Mundial

France Presse
Jogadores da seleção brasileira celebram a vitória por 3 sets a 0 contra Cuba, que classificou a equipe para as semifinais do Mundial do Japão



da Reportagem Local

O Brasil é o primeiro classificado para as semifinais do 14º Mundial masculino de vôlei, no Japão.
A posição da seleção foi ratificada ontem, após vencer Cuba por 3 sets a 0 (15/11, 15/7 e 15/2), em uma hora e 15 minutos, em Osaka.
Passados oito jogos (três na primeira fase e cinco nas quartas-de-final), a seleção, que busca o inédito título, se manteve invicta.
Ainda que perca seus dois últimos compromissos (para Argentina e Espanha) por 3 a 0, a equipe terminará (independente de outros resultados), pelo menos, como segunda do grupo, obtendo a vaga no set average (divisão dos sets vencidos pelos perdidos).
Até ontem, os brasileiros somavam 15 sets pró e 1 contra (no 3 a 1 contra a seleção búlgara).
Cuba, campeã da Liga Mundial, e Espanha -uma derrota cada-, disputam a vaga restante.
A performance já é superior à do Mundial da Grécia, em 94, quando a seleção terminou em quinto.
Na madrugada de hoje, a equipe enfrentaria a Argentina, que teve alijadas suas chances de passar às semifinais da competição ao perder por 3 a 1 para a Espanha.
O Brasil não vencia Cuba por 3 sets a 0 desde a Olimpíada de Atlanta-96. Em Mundiais, o retrospecto era de uma vitória -em 82, na Argentina- em seis duelos.
A partida de ontem era a mais esperada do Grupo G (que reúne oito times), pois confrontaria os dois invictos, embora Cuba houvesse cedido mais sets (quatro).
Mas só nas duas primeiras parciais houve disputa efetiva.
Bem articulados na variação de saque e bloqueio, os brasileiros não permitiram ao levantador Diago explorar a força do meia Pavel Pimienta, 2,08 m.
Na outras vezes, quando conseguia "consertar" o passe, as jogadas de Diago na ponta eram marcadas pelo bloqueio da seleção.
A proximidade no placar, ainda primeiro set, era alcançada nos erros do Brasil, que em toda a partida cedeu dez pontos em erros, enquanto foram quatro de Cuba. No bloqueio, 14 pontos da seleção e só 4 dos cubanos no jogo.
Ao diminuir os erros, no set seguinte, a seleção alargou a margem de vitória (15 a 7).
Com sinais de desinteresse de seus jogadores, o técnico cubano utilizou cinco reservas na última parcial -em que esteve perdendo de 10 a 0. Os pontos de Osvaldo Hernandez e Ramon Gato evitaram vexame maior: 15 a 2.
"Para derrotar Cuba, nós precisávamos aproveitar muito bem nosso saque. Nós tivemos sucesso hoje (ontem). Não há como não notar que o grupo trabalhou bem", disse o levantador Maurício.
"Jogamos apenas 5% do que podemos. Não tivemos espírito de luta", afirmou Juan Diaz, treinador da seleção de Cuba.
No outro grupo, o H, com sede em Hamamatsu, Itália e Iugoslávia despontam como favoritos.
A Itália, que busca do tricampeonato, derrotou a Rússia por 3 a 1 (15/3, 15/8, 11/15 e 15/9). Os iugoslavos, bronze em Atlanta-96, passaram pela Holanda, campeã olímpica, por 3 a 0 (15/9, 15/4 e 15/13). Com cinco vitórias, os líderes invictos se enfrentariam hoje.



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