São Paulo, sexta, 25 de dezembro de 1998 |
Próximo Texto | Índice FUTEBOL Clube se diz acostumado a ausências do técnico, mas o considera indispensável para a estruturação do time Corinthians topa 'sombra' de Luxemburgo
FERNANDA PAPA e LUIZ CESAR PIMENTEL da Reportagem Local Com medo de que o clube perca o rumo no ano que vem, o Corinthians já aceita a manutenção de Wanderley Luxemburgo menos presente comandando o time. Segundo dirigentes do clube, o segundo semestre deste ano foi uma prova de que a presença constante de Luxemburgo no Parque São Jorge não é necessária. Durante a Copa do Mundo, Luxemburgo viajou para a França para acompanhar os jogos e deixou a pré-temporada do time para o Brasileiro nas mãos dos membros da comissão técnica. Além disso, como técnico da seleção brasileira, não esteve presente em alguns dos jogos do time pela Copa Mercosul, sendo a equipe comandada pelo seu auxiliar técnico, Oswaldo de Oliveira. O auxiliar voltou a dirigir o time dentro do campo nas finais, quando Luxemburgo cumpria suspensão de 60 dias imposta pela CBF. "Ele atendeu a diversas atividades paralelas e o Corinthians nunca perdeu sua estrutura. Já foi provado que não precisamos dele sempre no clube", afirmou o diretor remunerado de futebol do Corinthians, Luiz Henrique de Menezes, na festa de comemoração do título, na madrugada de ontem. O dirigente afirma que já conversou com o técnico e que uma reunião está marcada para meados de janeiro -"lá pelo dia 10"- para que seja definida a situação. O Corinthians ofereceu ao treinador a possibilidade de atuar como gerente, organizando a estrutura do departamento de futebol. Luxemburgo achou boa a proposta. O acordo só depende de um aval da CBF e das negociações do clube sobre seu novo patrocinador. Nesse plano, Candinho, ex-Lusa e assessor de Luxemburgo na seleção, assumiria o cargo de técnico. Menezes considera que a estrutura dá ao time chances de disputar com sucesso a Taça Libertadores da América, torneio que já disputou sem sucesso quatro vezes e no qual estréia no dia 24 de fevereiro, contra o Palmeiras. O exemplo para ele nessa empreitada é o do São Paulo do início da década, que conquistou o título da competição e do Mundial interclubes duas vezes, em 92 e 93. "Apesar dessa influência de seleção brasileira, o Corinthians conseguiu implantar hoje o modelo que sempre imaginei para o clube, o modelo do São Paulo do Telê Santana", aprova o dirigente. Para ele, a falta de estrutura respondia pelo insucesso corintiano em algumas competições. "Já enfrentei várias vezes o clube e sabia do seu potencial, mas sempre senti que faltava essa estrutura, uma organização melhor." Próximo Texto | Índice |
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