São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 2001

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PAINEL F. C

Excluído
São Januário está fora da fase final da Libertadores. Se o Vasco, de Eurico Miranda, alcançar seu objetivo de disputar o título da mais importante competição sul-americana, terá que jogar no Maracanã ou em qualquer outro estádio com capacidade superior a 40 mil lugares.

Encolhido
É claro que Eurico tentará argumentar, com sua lógica peculiar, que São Januário, palco da final interrompida da Copa JH, tem capacidade para 40 mil torcedores, sentados, como pede a Confederação Sul-Americana, entidade na qual o presidente do Vasco tem bons amigos.

Escolha
A rede de televisão SBT mudou de idéia. O canal de Silvio Santos já pensa em se promover com a "homenagem" prestada pelo Vasco na final da Copa JH. A emissora estuda lançar o seguinte slogan: "O canal campeão", bordão do Sportv. Para o SBT, Eurico disse que a logomarca na camisa do Vasco foi uma manifestação "altruísta".

Distante
A transmissão da partida de anteontem entre Vasco e Palmeiras, em São Januário, fugiu dos padrões tradicionais da Globo. As imagens fechadas nos jogadores deram lugar a uma câmera distante, que deixou a transmissão fria. Detalhe: o Vasco estava sem patrocínio.

De volta
A audiência da partida foi baixa, voltando às médias apresentadas na Copa JH. Vasco x Palmeiras teve média de 27 pontos, segundo o Ibope, na Grande São Paulo. Na semana passada, o jogo entre Botafogo e Corinthians registrou 32 pontos, motivo de festa na emissora.

Garoto-propaganda
A convite da Gol Transportes Aéreos, Pelé viaja hoje para Brasília, saindo às 12h58 de Congonhas. No DF, assiste amanhã à luta de Popó contra o panamenho Orlando Soto. Aproveita a oportunidade para discutir com a empresa campanha publicitária que deve fazer ainda no primeiro semestre.


Idéias
O Clube Brasil, associação que reúne as principais equipes da segunda divisão do Brasileiro, quer se reunir com a CBF para discutir o campeonato deste ano. A proposta da entidade é formar um torneio com 24 clubes na primeira divisão. Outros 24 integrariam a Série B.
Esqueçam
Francisco Batista, presidente do Clube Brasil, propõe que os integrantes de cada divisão sejam escolhidos com base no ano de 1999, quando a CBF organizou pela última vez o Brasileiro. "O ano 2000 e a JH têm que ser esquecidos", disse. Pela proposta dele, o Brasileiro ficaria com uma elite de 48 times.
Caixa de factóides
Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Rio, provocou um festival de factóides na segunda. Disse que o Vasco não havia sido reconhecido como campeão do Brasileiro, que a Fifa iria punir a CBF por causa das CPIs e que o Nacional-2001 já estava definido com 28 clubes. Muitos acreditaram.
Da água ao vinho
Bastou uma vitória para os corintianos saírem para o revide. Ontem, uma piada já circulava por São Paulo: o clube, que não vencia havia quatro meses, agora não perde há quase três meses, já que sua última derrota foi contra o América-MG, no início de novembro.
Mão fechada
O ministro Carlos Melles (Esportes) descartou ontem no Rio uma ajuda financeira do Estado aos projetos olímpicos de Vasco e Flamengo. Segundo ele, esse não é o dever do governo. O ministro disse que os clubes têm que equilibrar a receita.
Festa do interior
Empresários do eixo Rio-SP já estão de olho nos jogadores do Sport Club Pelotas, líder isolado do Gaúcho-2001. O time soma 16 pontos em seis jogos e caminha firme para enfrentar os grandes do Estado na próxima fase, esperando repetir o sucesso do Caxias em 2000.

DIVIDIDA
Do empresário e ex-jogador Gilmar Rinaldi, sobre o fim do passe, previsto para acabar em março próximo:
- O ideal seria achar um meio termo. Do jeito que ficou acertada, a mudança não será boa para ninguém.

CONTRA-ATAQUE

Abobrinhas



Em reunião com dirigentes e políticos ontem no Rio de Janeiro, o ministro Carlos Melles (Esportes) foi muito elogiado.
A maior parte dos presentes ao encontro estava na esperança de receber do ministro alguma ajuda financeira.
A reunião acabou se transformando em um ato de apoio a Melles, que vem recebendo pressões de parte do governo para deixar o cargo.
Os críticos do ministro afirmam que ele não é do ramo. Mineiro, Melles sempre foi mais ligado aos problemas do campo do que aos do esporte.
Ontem, porém, todos que estavam na reunião se esforçaram para mostrar que Melles, no cargo desde o ano passado, já está habituado à pasta e pode fazer uma administração exemplar.
Mas em seu discurso Melles escorregou. Disse que queria agradecer muito a todos os secretários da Agricultura que estavam presentes.
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, foi logo em socorro, lembrando ao ministro que eram secretários de Esporte.
Era tarde.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

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