DA REPORTAGEM LOCAL

Se a popularidade do futebol americano ainda não é suficiente para fazer com que o Super Bowl seja transmitido ao vivo pela TV aberta, pelo menos ela já provocou nos fãs brasileiros a vontade de se organizarem para assistir à badalada final da temporada da NFL.
E, apesar do pequeno número de aficionados pelo esporte, pelo menos duas festas, idealizadas no mais puro estilo americano -com direito a reunião antes do jogo, comida, bebida e telão para ver a partida-, estão programadas para hoje.
Uma delas, o "Amparo Bowl", acontece na cidade de Amparo (a 130 km de São Paulo) e é tida pela ABTFA (Associação Brasileira dos Torcedores de Futebol Americano) -uma entidade que conta com cerca de 500 membros espalhados por 18 Estados- como sua reunião anual oficial.
A outra, marcada para a capital paulista, está no seu primeiro ano e é uma espécie de derivação do encontro original.
"Há muitos torcedores de São Paulo que são menores de idade e não têm condições próprias de ir até Amparo. Por isso resolvemos fazer a festa aqui", diz o jornalista Paulo D'Amaro, organizador do "Sampa Bowl".
A principal diferença dos dois encontros está na faixa etária de seus participantes.
Enquanto em Amparo a maioria dos torcedores têm entre 22 e 28 anos, a reunião em São Paulo terá muitos adolescentes. "Acho que apenas umas sete ou oito pessoas que irão ao Sampa Bowl têm mais de 18 anos", diz D'Amaro.
Para o vice-presidente da ABTFA, o economista Rodrigo Gaspar, 29, o fato de haver uma "dissidência" no grupo de fãs e a realização de uma reunião paralela à oficial é positiva.
"Se há mais de uma festa, é sinal de que a coisa está se expandindo. É sinal de crescimento da popularidade do futebol americano", analisa.
Nos EUA, as festas para ver o Super Bowl são marcadas pelo exagero. Estima-se que o consumo de pipoca no dia do jogo chega a 4.000 toneladas.
O "domingo do Super Bowl" é a segunda data em que os americanos mais comem -perde para o dia de Ação de Graças e ganha do Natal. (PGA)


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