São Paulo, segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

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Fracasso no Chile atrapalha plano de técnico

DO ENVIADO A VIÑA DEL MAR

A idéia era simples: levar o Brasil à Olimpíada e depois construir uma carreira de sucesso como treinador no Brasil. Mas, com o fracasso no Chile, Ricardo Gomes pode ver seu planejamento naufragar.
A história costuma castigar os técnicos que fracassaram em seleções sub-23. O caso mais emblemático ocorreu com Ernesto Paulo, técnico que não conduziu o Brasil aos Jogos de Barcelona, em 1992.
Após o fiasco, ele não conseguiu se colocar em grandes times -o principal clube que treinou depois do Pré-Olímpico foi o Botafogo de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Gomes viu ontem o fim de seu projeto olímpico ser antecipado em quase sete meses após a derrota para o Paraguai. Como a seleção sub-23 vive em função basicamente da Olimpíada, seu trabalho na CBF seria interrompido mesmo se a equipe nacional fosse a Atenas e conquistasse o ouro.
""Todos sabem que a seleção sub-23 não tem continuidade. Minha idéia é assumir um grande clube do Brasil. Já treinei time na Europa [Paris Saint-Germain] e não penso em voltar para lá", afirmou o técnico, que assumiu a responsabilidade pelo fracasso no Pré-Olímpico do Chile.
Como atleta, Ricardo Gomes surgiu no Fluminense, mas viveu a maior parte da carreira profissional fora do país, entre o Benfica (Portugal) e o PSG (França). Virou técnico precocemente no time francês, mas, apesar da experiência internacional, não conseguiu assumir grandes clubes no Brasil.
""Já fui procurado. E são coisas boas", disse o técnico.
Mesmo ciente de que sua atuação no Chile pode manchar seu currículo e atrapalhar o futuro, ele diz que não aceitará convites para ser dirigente. ""Quero é ser treinador" (RBU)



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