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Fracasso no
Chile atrapalha
plano de técnico
DO ENVIADO A VIÑA DEL MAR
A idéia era simples: levar o
Brasil à Olimpíada e depois
construir uma carreira de sucesso como treinador no Brasil.
Mas, com o fracasso no Chile,
Ricardo Gomes pode ver seu
planejamento naufragar.
A história costuma castigar
os técnicos que fracassaram em
seleções sub-23. O caso mais
emblemático ocorreu com Ernesto Paulo, técnico que não
conduziu o Brasil aos Jogos de
Barcelona, em 1992.
Após o fiasco, ele não conseguiu se colocar em grandes times -o principal clube que
treinou depois do Pré-Olímpico foi o Botafogo de Ribeirão
Preto, no interior de São Paulo.
Gomes viu ontem o fim de
seu projeto olímpico ser antecipado em quase sete meses após
a derrota para o Paraguai. Como a seleção sub-23 vive em
função basicamente da Olimpíada, seu trabalho na CBF seria interrompido mesmo se a
equipe nacional fosse a Atenas
e conquistasse o ouro.
""Todos sabem que a seleção
sub-23 não tem continuidade.
Minha idéia é assumir um
grande clube do Brasil. Já treinei time na Europa [Paris
Saint-Germain] e não penso
em voltar para lá", afirmou o
técnico, que assumiu a responsabilidade pelo fracasso no Pré-Olímpico do Chile.
Como atleta, Ricardo Gomes
surgiu no Fluminense, mas viveu a maior parte da carreira
profissional fora do país, entre
o Benfica (Portugal) e o PSG
(França). Virou técnico precocemente no time francês, mas,
apesar da experiência internacional, não conseguiu assumir
grandes clubes no Brasil.
""Já fui procurado. E são coisas boas", disse o técnico.
Mesmo ciente de que sua
atuação no Chile pode manchar seu currículo e atrapalhar
o futuro, ele diz que não aceitará convites para ser dirigente.
""Quero é ser treinador"
(RBU)
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