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Prancheta do PVC
Paulo Vinícius Coelho - pvc@uol.com.br
Os atacantes de Luxemburgo
NO MEIO DE 2002, depois de perder a semifinal do Rio-São
Paulo por cartões amarelos,
Vanderlei Luxemburgo estava decidido a mudar o jeito de
jogar do Palmeiras. Paulo Assunção, hoje no Atlético de
Madri, atuaria como terceiro
zagueiro. À frente dos três beques, uma linha de quatro armadores, com Leonardo
Moura na ala e Arce como segundo volante. No ataque,
três homens.
O técnico e sua experiência
levaram uma ducha de água
fria com a derrota por 3 a 1 para o Paysandu na semifinal da
Copa dos Campeões daquele
ano. A mudança sumiu de vez
porque Luxemburgo foi para
o Cruzeiro logo depois da estreia no Brasileirão.
Calado, sem alarde, Luxemburgo não fala sobre o sistema
tático neste início de 2009.
Mas foi assim, com três zagueiros e três atacantes, que o
Palmeiras venceu o Mogi Mirim anteontem. Diego Souza
aberto pelo lado esquerdo,
Williams pela direita, Keirrison como centroavante.
Diego, meia por vocação,
funcionou quase como ponta-esquerda, quando a equipe tinha a bola. Mas ajudou a marcar como meio-campista, na
hora de retomá-la. "A grande
qualidade da equipe foi a marcação no campo de ataque, no
primeiro tempo", analisou
Luxemburgo.
Sua razão em exaltar o time
que não deixa o rival respirar
não esconde a outra grande
qualidade apresentada anteontem: velocidade. "A montagem do elenco privilegiou
essa característica. O time ficou muito veloz", diz o preparador físico, Antônio Mello.
Luxemburgo se esquivou de
comparar a equipe de 2009
com a do ano passado. O time
de 2008 foi campeão paulista.
O deste ano só venceu duas
partidas e é cedo demais para
imaginar o que poderá fazer.
Mesmo assim, chamou a
atenção o modo como o Palmeiras tocou a bola de primeira, teve jogadas de ultrapassagem pelos lados do campo, jogou no ritmo veloz de Keirrison. A rapidez é, também, fruto da escalação de Cleiton Xavier ao lado de Pierre, como
espécie de segundo volante.
Uma faca de dois gumes. Com
Cleiton ali, a bola sai sempre
rápida da defesa para o ataque. Contra times com armadores talentosos, pode faltar
outro volante forte para marcar na cabeça-de-área. Mas
sobrará velocidade.
A LENTIDÃO
A primeira avaliação de
Dorival Júnior no Vasco é a
de que precisa de um segundo volante mais forte. Em
2008, Júnior era um dos que
observavam que o Palmeiras, de Luxemburgo, era lento e não marcava. O símbolo
da deficiência era Léo Lima.
Pois hoje Léo Lima é o segundo volante do Vasco.
ESQUECERAM DE MIM
Otacílio Neto já deu dois
passes para gol, em duas rodadas do Paulistão. Mas
quem mais venceu na rodada
foi Lulinha. Nas listas dos
meias que hoje o Corinthians possui, constam Morais, Douglas, Dentinho, Jorge Henrique, Elias e... Lulinha. Mas só Mano Menezes
se lembrou dele.
O LUGAR CERTO
Em 2008, Arouca jogou muito bem como segundo volante ou meia de ligação, como quando destroçou o São
Paulo no Morumbi, em novembro. Muricy escalou-o quase como terceiro atacante, na mesma linha de Hugo, pouco atrás de Washington. Não rendeu. O grande problema é
escalá-lo ao lado de Hernanes, que gosta de jogar na mesma faixa do campo. Escalar os dois é, por enquanto, um
dos maiores desafios para Muricy achar o São Paulo ideal.
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