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Nilmar brilha na goleada do Corinthians
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele fez parecer fácil e saiu de
campo reverenciado até pelos rivais. Com dois gols quando o Corinthians era pressionado, o artilheiro Nilmar foi o maior responsável pela goleada de 4 a 1 no Santo André, ontem, no Pacaembu.
Apesar de o placar indicar que o
jogo foi tranqüilo para o time de
Antônio Lopes, a equipe do ABC,
que contou com um jogador a
mais durante quase todo o segundo tempo, dificultou para o atual
campeão brasileiro.
Postado num 3-5-2, o Santo André destacou o volante Édson Ramalho para acompanhar o meia
Roger, principal articulador das
jogadas ofensivas corintianas.
E a estratégia surtiu efeito. Na
etapa inicial, o camisa 7 do Corinthians teve pouca liberdade e, nas
raras vezes em que criou jogadas,
foi parado com faltas. Só na etapa
inicial, ele foi derrubado nove vezes pelos jogadores do Santo André, de acordo com o Datafolha.
Apesar de eficiente na missão de
não deixar o Corinthians jogar, a
equipe visitante pouco produziu.
Principalmente com os meias
Rafinha e Hernanes, o time do
ABC até conseguia puxar contra-ataques com velocidade. Mas, como não era capaz de envolver a
retaguarda corintiana, apelava
para tiros de fora da área.
A tática andreense enervou a
torcida do Corinthians, que perdeu a paciência. Aos 35min, parte
das numeradas já chamava Antônio Lopes de burro. Sorte do treinador que, dois minutos depois,
Nilmar aproveitou uma cobrança
de escanteio para abrir o placar.
Atordoado com a desvantagem,
o Santo André avançou desordenadamente e deu espaço para
provar de seu próprio veneno.
Dois minutos após o gol, Rafael
Moura puxou contra-ataque,
avançou pela intermediária e chutou para ampliar a vantagem,
com a segunda finalização certa
de seu time antes do intervalo.
No início do segundo tempo, os
papéis se inverteram. O Corinthians usava o trunfo dos contra-ataques, principalmente após a
expulsão de Coelho, que derrubou Rafinha na área -o estreante
Hernanes converteu o pênalti.
Com um jogador a mais, Roberto Fernandes sacou Édson Ramalho para a entrada de Leandrinho,
o que deu mais liberdade a Roger.
Como na etapa inicial, o Santo
André não conseguia atravessar a
defesa do adversário, que reclamou dois pênaltis a seu favor.
Até que, aos 28min, Nilmar
tranqüilizou novamente os corintianos. Ele aproveitou erro do rival, roubou a bola e bateu fora do
alcance do goleiro Júlio César para se isolar ainda mais na artilharia do Paulista, com 13 gols.
Entregue em campo, o Santo
André não conseguiu combater
arrancada de Carlos Alberto
-que havia acabado de entrar
em campo- pela direita, e o meia
acabou derrubado. Pênalti.
Sem o cobrador oficial, Tevez,
servindo a seleção argentina, a
torcida, responsável pelo segundo
menor público do time no Pacaembu neste ano (pouco mais de
11 mil torcedores), pediu que Nilmar batesse. Mas o tiro foi de Carlos Alberto, que fechou o placar
da partida: vitória por 4 a 1.
O fato de não ter cobrado o pênalti não aborreceu Nilmar, que
desdenhou da artilharia. "Não
adianta ser artilheiro se a equipe
não for campeã", disse, ainda no
gramado, depois da vitória.
Em quinto no Estadual, com 21
pontos, o Corinthians irá encarar
o Ituano, fora, nesta quinta.
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