São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Nilmar brilha na goleada do Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele fez parecer fácil e saiu de campo reverenciado até pelos rivais. Com dois gols quando o Corinthians era pressionado, o artilheiro Nilmar foi o maior responsável pela goleada de 4 a 1 no Santo André, ontem, no Pacaembu.
Apesar de o placar indicar que o jogo foi tranqüilo para o time de Antônio Lopes, a equipe do ABC, que contou com um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo, dificultou para o atual campeão brasileiro.
Postado num 3-5-2, o Santo André destacou o volante Édson Ramalho para acompanhar o meia Roger, principal articulador das jogadas ofensivas corintianas.
E a estratégia surtiu efeito. Na etapa inicial, o camisa 7 do Corinthians teve pouca liberdade e, nas raras vezes em que criou jogadas, foi parado com faltas. Só na etapa inicial, ele foi derrubado nove vezes pelos jogadores do Santo André, de acordo com o Datafolha.
Apesar de eficiente na missão de não deixar o Corinthians jogar, a equipe visitante pouco produziu.
Principalmente com os meias Rafinha e Hernanes, o time do ABC até conseguia puxar contra-ataques com velocidade. Mas, como não era capaz de envolver a retaguarda corintiana, apelava para tiros de fora da área.
A tática andreense enervou a torcida do Corinthians, que perdeu a paciência. Aos 35min, parte das numeradas já chamava Antônio Lopes de burro. Sorte do treinador que, dois minutos depois, Nilmar aproveitou uma cobrança de escanteio para abrir o placar.
Atordoado com a desvantagem, o Santo André avançou desordenadamente e deu espaço para provar de seu próprio veneno.
Dois minutos após o gol, Rafael Moura puxou contra-ataque, avançou pela intermediária e chutou para ampliar a vantagem, com a segunda finalização certa de seu time antes do intervalo.
No início do segundo tempo, os papéis se inverteram. O Corinthians usava o trunfo dos contra-ataques, principalmente após a expulsão de Coelho, que derrubou Rafinha na área -o estreante Hernanes converteu o pênalti.
Com um jogador a mais, Roberto Fernandes sacou Édson Ramalho para a entrada de Leandrinho, o que deu mais liberdade a Roger.
Como na etapa inicial, o Santo André não conseguia atravessar a defesa do adversário, que reclamou dois pênaltis a seu favor.
Até que, aos 28min, Nilmar tranqüilizou novamente os corintianos. Ele aproveitou erro do rival, roubou a bola e bateu fora do alcance do goleiro Júlio César para se isolar ainda mais na artilharia do Paulista, com 13 gols.
Entregue em campo, o Santo André não conseguiu combater arrancada de Carlos Alberto -que havia acabado de entrar em campo- pela direita, e o meia acabou derrubado. Pênalti.
Sem o cobrador oficial, Tevez, servindo a seleção argentina, a torcida, responsável pelo segundo menor público do time no Pacaembu neste ano (pouco mais de 11 mil torcedores), pediu que Nilmar batesse. Mas o tiro foi de Carlos Alberto, que fechou o placar da partida: vitória por 4 a 1.
O fato de não ter cobrado o pênalti não aborreceu Nilmar, que desdenhou da artilharia. "Não adianta ser artilheiro se a equipe não for campeã", disse, ainda no gramado, depois da vitória.
Em quinto no Estadual, com 21 pontos, o Corinthians irá encarar o Ituano, fora, nesta quinta.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Lopes agora sabe de Marcelinho, mas MSI não
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.