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Biógrafo de ídolo vê "nova ordem mundial"
DA REPORTAGEM LOCAL
O ano de 2002 serviu como divisor de águas na carreira de Adriano de Souza.
Aos 15 anos, ele foi convidado para participar de um
evento nos EUA. Entre os
profissionais, perdeu a final
apenas no último minuto
para o ex-campeão norte-americano Dino Andino.
A apresentação arrancou
elogios rasgados de Jason
Borte, que escreveu a biografia de Kelly Slater.
"Se esse garoto, que está
entre os dez melhores amadores do Brasil, pode fazer
com que dezenas de profissionais pareçam pregos fora
de forma, em breve teremos
que nos adaptar a uma nova
ordem mundial. Desista de
aprender nossa língua; é melhor começarmos a aprender a dele", escreveu ele à
"Surfing Magazine".
Meses antes, na África do
Sul, Mineirinho provocou a
mesma reação inflamada,
desta vez da torcida.
"Tinha um sul-africano
que enchia todo mundo na
água e surfava tão bem que
pensavam que ele estava
competindo. No último dia,
estávamos fazendo compras, e ele apareceu com a família. Queria que o Mineirinho fosse a um churrasco na
casa dele", conta Pinga.
Arrojado no mar, o atleta,
apesar dos já 19 anos, revela-se ainda um garoto quando
o assunto são os elogios.
O apelido, Mineirinho,
veio do irmão, o Mineiro
-apesar de os dois serem
do Guarujá. Foi dele que o
garoto herdou o gosto pelo
surfe e também a timidez.
"É bom, é bom. Mas não
sei como é essa coisa de ídolo. Não me sinto um", afirma, envergonhado.
(ML)
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