São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 2006

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Biógrafo de ídolo vê "nova ordem mundial"

DA REPORTAGEM LOCAL

O ano de 2002 serviu como divisor de águas na carreira de Adriano de Souza.
Aos 15 anos, ele foi convidado para participar de um evento nos EUA. Entre os profissionais, perdeu a final apenas no último minuto para o ex-campeão norte-americano Dino Andino.
A apresentação arrancou elogios rasgados de Jason Borte, que escreveu a biografia de Kelly Slater.
"Se esse garoto, que está entre os dez melhores amadores do Brasil, pode fazer com que dezenas de profissionais pareçam pregos fora de forma, em breve teremos que nos adaptar a uma nova ordem mundial. Desista de aprender nossa língua; é melhor começarmos a aprender a dele", escreveu ele à "Surfing Magazine".
Meses antes, na África do Sul, Mineirinho provocou a mesma reação inflamada, desta vez da torcida.
"Tinha um sul-africano que enchia todo mundo na água e surfava tão bem que pensavam que ele estava competindo. No último dia, estávamos fazendo compras, e ele apareceu com a família. Queria que o Mineirinho fosse a um churrasco na casa dele", conta Pinga.
Arrojado no mar, o atleta, apesar dos já 19 anos, revela-se ainda um garoto quando o assunto são os elogios.
O apelido, Mineirinho, veio do irmão, o Mineiro -apesar de os dois serem do Guarujá. Foi dele que o garoto herdou o gosto pelo surfe e também a timidez.
"É bom, é bom. Mas não sei como é essa coisa de ídolo. Não me sinto um", afirma, envergonhado. (ML)


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