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Palmeiras trintão e Corinthians garoto sofrem de "dor de clássico"
Arqui-rivais, que hoje se enfrentam no Morumbi, ainda não venceram jogos contra clubes grandes nos duelos nesta temporada pelo Paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
Não importa se é baseado na
experiência de trintões, feito o
Palmeiras, ou no vigor de jovens,
como o Corinthians. Os rivais
mais tradicionais do Estado entram em campo hoje para tentar
pôr fim à síndrome de tropeços
em clássicos que os acometeu
nesta temporada.
O jogo das 16h, no Morumbi, será a última chance neste Estadual
de obterem um triunfo nos jogos
contra os grandes rivais neste
Paulista, já que ambos foram derrotados por Santos e São Paulo.
As coincidências, porém, não
param por aí. Palmeirenses e corintianos, mesmo separados por
décadas de rivalidade, têm sofrido
de um mesmo mal: turbulentas
semanas após as derrotas nos
clássicos estaduais.
No Corinthians, as seqüelas do
último tombo num clássico ainda
são evidentes. A equipe entra na
sua terceira semana sem um técnico definitivo, após Antônio Lopes ter pedido demissão ainda
nos vestiários do Morumbi depois da derrota para o São Paulo.
"Aqui não tem maré mansa, só
maremoto. O Corinthians joga
sempre na pressão. Faz até bem
para nós jogarmos na pressão",
declarou Ademar Braga, técnico
interino do Corinthians.
No Palmeiras, nas duas vezes
em que deixou o campo derrotado por um dos grandes rivais, o
elenco entrou numa espécie de
depressão, que resultou em períodos de tropeços nos jogos seguintes e em críticas internas de conselheiros que cobram vitórias expressivas nos clássicos.
Para tentar diminuir o que classifica de "fumaça" da imprensa,
Leão implantou o sistema de "entrevista confessionário", na qual
atende um repórter por vez, logo
após ter tropeçado contra o São
Paulo. Contra o Santos, o destempero aconteceu em forma de reclamações contra a arbitragem.
Mas a vitória, para os palmeirenses, vale bem mais que simplesmente abater seu arquiinimigo e voltar a se gabar de um triunfo contra um grande do Estado.
Significa continuar na luta pelo título do Paulista -torneio que
não conquista há dez anos.
Apesar disso, Leão procura tirar
de seus comandados o peso da
obrigação de um triunfo, afastando qualquer comparação do embate desta tarde com uma decisão
de campeonato.
"Só será a final se nós perdermos,
pois daí as chances serão pequenas para continuarmos lutando
pelo título", afirma o treinador.
Já uma vitória corintiana teria
única e exclusivamente o sabor
de derrubar seu maior rival e deixá-lo fora do caminho do troféu,
já que, com remotas chances de
ganhar o Estadual, a equipe encara as quatro rodadas restantes como treinamento para a seqüência
da Taça Libertadores da América
-prioridade da parceira MSI.
No entanto, a velha rivalidade
com o Palmeiras fez com que torcedores fossem ao hotel da delegação corintiana em Águas de
Lindóia para cobrar uma vitória.
"Todos sabem da rivalidade. Mal
acabou o jogo em que vencemos
o Tigres, no Pacaembu [pela Libertadores], e os torcedores já falavam que precisávamos ganhar
do Palmeiras", confirmou o meia
Ricardinho, escalado para o jogo.
Com 29 anos, o meia é ironicamente um dos mais experientes
do elenco alvinegro, que, dentre
os quatro grandes paulistas, é o
mais jovem, com média de idade
de 22,5, contra 27,5 do Palmeiras,
o mais velho entre os maiores
clubes de SP e que tem nove atletas com mais de 30 anos.
(KLEBER TOMAZ E PAULO GALDIERI)
NA TV - Globo (para SP) e
Record, ao vivo, às 16h
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