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Relaxada, Hingis é "irmã mais velha"
DO ENVIADO A MIAMI
Enquanto Maria Sharapova se levanta e sai rápido, seguida por um número considerável de dirigentes, assessores e seguranças, Martina
Hingis, 26, permanece sentada, relaxada, "disponível".
A menina-prodígio e mimada, que, aos 16 anos, chegou ao topo, protegida pela
mãe opressora e pelo mesmo
circo do tênis feminino internacional, parou e voltou
há pouco mais de um ano, diz
hoje não se importar com a
badalação e os holofotes da
mídia, às vezes parece não se
importar nem mesmo com
os resultados em quadra.
"Este é o momento dela
[Maria Sharapova], eu realmente espero que ela aproveite e curta", afirma.
Hingis, muito mais calma
do que quando disputava o
topo do ranking com a alemã
Steffi Graf e americana Lindsay Davenport, diz se manter
no tênis apenas pelo prazer
de disputar grandes jogos.
"Jogar sem pressão, sentir
o gosto de atuar na frente de
um grande público em uma
quadra central, como aqui
em Miami. Isso hoje é o que
eu mais me motiva", afirmou
a ex-número um.
Fora dos holofotes da mídia, a suíça se prepara para o
casamento com o tenista
tcheco Radek Stepanek.
O casal atualmente não esconde o relacionamento dos
torcedores e, além de circular junto na área dos tenistas,
tem freqüentado festas e
eventos sociais.
No circuito, Hingis já ostenta o titulo de irmã mais
velha, quase inofensiva.
"Hoje, as outras tenistas
estão mais próximas [de
mim]. E eu tenho tido paciência para dividir um pouco da minha experiência e
dar alguns conselhos", afirma Hingis à Folha durante
bate-papo em Miami.
"Na maioria das vezes, elas
perguntam coisas sobre tática, treinos, algo realmente
técnico. Mas algumas delas,
como Jelena [Jankovic, sérvia número nove do ranking], pedem conselhos até
sobre qual roupa elas devem
usar nas festas dos torneios",
diverte-se a suíça.
Ontem, jogando na quadra
central, Hingis desperdiçou
uma série de oportunidades
contra a polonesa Agnieszka
Radwanska, de apenas 17
anos, e acabou eliminada na
segunda rodada do Masters
Series de Miami, ao ser derrotada de virada, por 2 sets a
1 (4/6, 6/3 e 6/2).
Nem a eliminação precoce
pareceu abalar Hingis.
"Acontece, não? Isso [perder] faz parte da vida. O importante é seguir em frente;
outros jogos virão."
(RA)
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