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Passado move Guga no piso duro de Miami
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando se fala em Gustavo
Kuerten, logo se pensa em saibro, mas o desempenho do brasileiro em quadra dura foi fundamental para ele terminar a
temporada de 2000 como número um do mundo.
É nesse tipo de piso que Guga
joga hoje, por volta das 15h, no
segundo torneio, o único em
superfície rápida, programado
em sua turnê de despedida.
Seu rival no Masters Series
de Miami é o francês Sebastien
Grosjean, 52º do ranking.
O ex-número um do mundo
disse ter escolhido o torneio
pela grande concentração de
brasileiros em Miami e por ter
boas lembranças do evento. Ele
nunca foi campeão lá, mas fez
uma final eletrizante contra o
americano Pete Sampras, com
três tie-breaks, em 2000.
O brasileiro, que nunca havia
sido campeão fora do saibro,
diz que aquela partida lhe deu
confiança para atuar em quadra dura. "Foi depois do campeonato de 2000 que eu realmente comecei a acreditar que
podia jogar na quadra rápida
contra os melhores do mundo.
E terminei o ano como número
um, ganhando o Masters [em
quadra dura], em Lisboa."
Foi também na quadra dura
onde Guga mais venceu após
passar por cirurgia. Dois de
seus quatro títulos no período
foram nesse tipo de piso -o
terceiro foi no carpete, e só o último ocorreu no saibro.
Enquanto na terra batida
Guga acumulou aproveitamento de 57,7%, na quadra dura o
índice sobe para 64,4%.
Grosjean, seu rival de hoje, é
especialista em piso rápido.
Mas não é esse o principal obstáculo para Guga, que passou
duas semanas treinando nos
EUA. "Estou bem, mas não no
mesmo nível desses caras. Jogar contra o Grosjean será um
desafio", disse Guga, que perdeu três dos cinco duelos diante do francês. "Mesmo quando
eu estava no melhor nível, não
era fácil [enfrentá-lo]. Tentarei
aproveitar ao máximo a última
chance de jogar aqui."
Guga terá nova oportunidade
de atuar em quadra dura se receber convite para a Olimpíada
de Pequim, em agosto.
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