|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Líder em regata, Torben já mira star
Aos 48 anos e nº 1 em volta ao mundo, velejador diz que, com Marcelo Ferreira, quer disputar Mundiais
GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao deixar para trás o oceano
Pacífico e alcançar o bem mais
familiar Atlântico, o velejador
Torben Grael, 48, começou
uma contagem regressiva.
A expectativa de aportar no
Brasil ganhou espaço no barco
do comandante brasileiro, que,
há dois anos, anunciou que
abriria mão da busca pelo sexto
pódio olímpico para tentar feito inédito para sul-americanos.
À Folha, por e-mail, Torben,
que desembarca hoje no Rio,
contou que a escolha em 2007
também foi motivada pela falta
de patrocinador que ele, mesmo sendo o maior medalhista
olímpico brasileiro (faturou
dois ouros, dois bronzes e uma
prata), enfrentou naquele ano.
E lá, na calmaria de um
Atlântico sem vento, com o
qual se deparou após a passagem pelo temido cabo Horn,
revelou que já pensa na volta à
star, classe que o consagrou.
"Embora o meu foco hoje esteja 100% aqui, é inevitável às
vezes pensar, quando tenho
um tempinho, no que fazer
após esta Volvo Ocean Race.
Sempre converso muito com o
Marcelo [Ferreira], e a nossa
intenção é correr o Mundial de
star de 2009, na Suécia, e o de
2010, que será no Rio", contou.
A volta à vela olímpica, desta
vez, será algo mais planejado,
diferentemente da tentativa
que fez dois anos atrás.
"Recém-saído da minha terceira participação na America's
Cup, restavam seis meses para
a eliminatória olímpica e um
ano para os Jogos. Estava sem
patrocinadores e, após grande
ciclo de excelentes resultados,
participar assim seria possível,
mas com chances limitadas."
"Então veio o convite da
Ericsson [patrocinadora do
barco], que foi muito interessante, e fazer a volta ao mundo
nas condições que eles proporcionavam era uma oportunidade única. Aceitei o desafio."
Após navegar 27,7 mil milhas
(cerca de 50 mil km) desse desafio, Torben chega ao Brasil
como líder geral da regata, que
conta com oito equipes.
"Independentemente do resultado que obtivermos ao término da prova, continuo acreditando que fiz a escolha certa
naquele momento", disse.
A distância que o separa da
volta ao foco na classe star é de
cerca de 10 mil milhas (equivalente a 43 viagens rodoviárias
entre São Paulo e Rio).
E a chegada a São Petersburgo, o destino final da regata de
volta ao mundo, abrirá chance
para outro reencontro que dará
o que falar na mundo da vela.
O irmão de Torben, Lars,
também visa os Mundiais de
star. Neste ano, passou a integrar, pela primeira vez após o
acidente que lhe tirou a perna
esquerda, a equipe permanente
de vela olímpica brasileira. E
sua meta é chegar à Olimpíada
de 2012 -ele já faturou dois
bronzes, na classe tornado.
Texto Anterior: Vôlei: Técnico de clube barra levantador de Bernardinho Próximo Texto: Frase Índice
|