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Rivais reeditam final de 2002
Santos e Corinthians chegam à decisão do Paulista esboçando traços do Brasileiro de sete anos atrás
Jovens brilham no Santos e
despacham favorito à taça
até cruzarem com rival forte
pela esquerda, versátil pelo
meio e robusto no ataque
RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
De um lado, o Santos se classifica no sufoco, aposta suas últimas fichas em jovens promessas e, diante do favorito ao título, cresce e avança. Do outro, o
Corinthians confia em três atacantes, volantes versáteis e em
um forte lado esquerdo.
Foi assim há quase sete anos.
Será assim também a decisão
do atual Campeonato Paulista,
que carrega muitas semelhanças com a final do Brasileiro de
2002, protagonizada pelos
mesmos arquirrivais que hoje
se encontram na Vila Belmiro.
Na competição nacional,
vencida pelos santistas com
duas vitórias incontestáveis sobre os corintianos, a cruz carregada pelo time então dirigido
por Emerson Leão foi tão pesada quanto a que a equipe de
Vagner Mancini assumiu no
decorrer do Estadual.
Com uma campanha instável, o time só garantiu vaga nos
mata-matas na rodada derradeira da fase de classificação. E
de forma dramática. O Santos
ficou em oitavo lugar, empatado com o Cruzeiro em pontos
(39) e número de vitórias (11),
mas com melhor saldo de gols.
Desta vez, o alívio no Paulista
só veio aos 43min do segundo
tempo nos 3 a 2 ante a Ponte
Preta. De novo, o saldo de gols
(11 a 10) eliminou o concorrente direto, a Portuguesa, que somou os mesmos 37 pontos.
Assim como em 2002, a maré
virou a partir do momento em
que os jovens do elenco passaram a brilhar. Antes era tempo
de Diego, 17, Robinho, 18, e Elano, 21. Hoje, a confiança está
em Neymar, 17, Paulo Henrique, 19, e Madson, 22.
E, imitando aquela geração,
um oponente tido como favorito à taça serviu de prova à capacidade do time de Mancini.
O Palmeiras, melhor equipe
da primeira fase, perdeu duas
vezes na semifinal perante um
rival que somara sete pontos a
menos. No Nacional de sete
anos atrás, foi o São Paulo, 13
pontos a mais, o eliminado.
No Corinthians, as semelhanças entre os dois times derivam dos esquemas táticos
empregados antes por Carlos
Alberto Parreira e, atualmente,
por Mano Menezes.
Se o time de 2002 incomodava as defesas adversárias com
um trio de atacantes formado
por Deivid, Guilherme e Gil, o
de 2009 aposta em Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho
-este último, suspenso hoje.
No meio-campo de Parreira,
Vampeta e Renato cumpriam
as obrigações defensivas dos
volantes, mas também saíam
para o jogo e atacavam, a exemplo do que Elias e Cristian fazem na formação de Mano.
Fechando o paralelo, o lado
esquerdo, que era forte com
Kléber, segue robusto com André Santos, autor de dois gols e
um dos mais acionados do time, segundo o Datafolha.
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