São Paulo, domingo, 26 de abril de 2009

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Rivais reeditam final de 2002

Santos e Corinthians chegam à decisão do Paulista esboçando traços do Brasileiro de sete anos atrás

Jovens brilham no Santos e despacham favorito à taça até cruzarem com rival forte pela esquerda, versátil pelo meio e robusto no ataque


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

De um lado, o Santos se classifica no sufoco, aposta suas últimas fichas em jovens promessas e, diante do favorito ao título, cresce e avança. Do outro, o Corinthians confia em três atacantes, volantes versáteis e em um forte lado esquerdo.
Foi assim há quase sete anos. Será assim também a decisão do atual Campeonato Paulista, que carrega muitas semelhanças com a final do Brasileiro de 2002, protagonizada pelos mesmos arquirrivais que hoje se encontram na Vila Belmiro.
Na competição nacional, vencida pelos santistas com duas vitórias incontestáveis sobre os corintianos, a cruz carregada pelo time então dirigido por Emerson Leão foi tão pesada quanto a que a equipe de Vagner Mancini assumiu no decorrer do Estadual.
Com uma campanha instável, o time só garantiu vaga nos mata-matas na rodada derradeira da fase de classificação. E de forma dramática. O Santos ficou em oitavo lugar, empatado com o Cruzeiro em pontos (39) e número de vitórias (11), mas com melhor saldo de gols.
Desta vez, o alívio no Paulista só veio aos 43min do segundo tempo nos 3 a 2 ante a Ponte Preta. De novo, o saldo de gols (11 a 10) eliminou o concorrente direto, a Portuguesa, que somou os mesmos 37 pontos.
Assim como em 2002, a maré virou a partir do momento em que os jovens do elenco passaram a brilhar. Antes era tempo de Diego, 17, Robinho, 18, e Elano, 21. Hoje, a confiança está em Neymar, 17, Paulo Henrique, 19, e Madson, 22.
E, imitando aquela geração, um oponente tido como favorito à taça serviu de prova à capacidade do time de Mancini.
O Palmeiras, melhor equipe da primeira fase, perdeu duas vezes na semifinal perante um rival que somara sete pontos a menos. No Nacional de sete anos atrás, foi o São Paulo, 13 pontos a mais, o eliminado.
No Corinthians, as semelhanças entre os dois times derivam dos esquemas táticos empregados antes por Carlos Alberto Parreira e, atualmente, por Mano Menezes.
Se o time de 2002 incomodava as defesas adversárias com um trio de atacantes formado por Deivid, Guilherme e Gil, o de 2009 aposta em Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho -este último, suspenso hoje.
No meio-campo de Parreira, Vampeta e Renato cumpriam as obrigações defensivas dos volantes, mas também saíam para o jogo e atacavam, a exemplo do que Elias e Cristian fazem na formação de Mano.
Fechando o paralelo, o lado esquerdo, que era forte com Kléber, segue robusto com André Santos, autor de dois gols e um dos mais acionados do time, segundo o Datafolha.


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