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ATLETISMO
Sem recordes, GP Brasil apresenta índice técnico abaixo do esperado
Só um brasileiro conquista
no Rio vaga para o Pan-99
CLÁUDIO MOTTA
free-lance para a Folha
De 39 atletas brasileiros que participaram ontem do Grand Prix
Brasil de atletismo, no Rio, o saltador em distância Nelson Ferreira
foi o único que conseguiu índice
para os Jogos Pan-Americanos de
Winnipeg, em julho, no Canadá.
Outros três atletas brasileiros que
disputaram a competição já haviam conseguido o índice em provas anteriores.
Ferreira ficou em segundo lugar
na prova, com a marca de 8,20 m.
O índice para o Pan era de 8,10 m.
Ferreira obteve também o índice
para o Campeonato Mundial de
Atletismo, que acontecerá entre 21
e 29 de agosto, em Sevilha, na Espanha.
Os outros três brasileiros que já
tinham conseguido a vaga para
Winnipeg são Elizângela Adriano
(arremesso de peso), Sanderlei
Parrela (400 m) e Claudinei Quirino da Silva (200 m). O prazo para
obtenção do índice termina em 27
de junho.
Primeira das 16 etapas do Circuito Mundial, o GP Brasil de 99 teve
índice técnico abaixo do esperado.
Nenhum recorde foi batido nas 15
provas válidas pelo Grand Prix. A
próxima etapa será em Osaka, no
Japão, no dia 9 de maio.
Velocista brasileiro
Entre os brasileiros, o destaque
foi o velocista Claudinei Quirino
da Silva. Especialista nos 200 m, ele
venceu a prova com o tempo de
20s47, dois segundos a menos que
o índice estabelecido para o Campeonato Mundial. Robson Caetano da Silva conseguiu apenas o
quinto lugar, com 21s41.
Nos 100 m, Quirino foi o vencedor, com 10s29. Ele ficou à frente
dos americanos Tonny McCall
(10s55) e Rohsaan Griffin (10s58).
Além de Nelson Ferreira e Claudinei Quirino, outros três brasileiros subiram ontem ao pódio do estádio Célio de Barros.
Nos 800 m, Sanderlei Parrela ficou em segundo lugar, com o tempo de 1m46s88, e por pouco não
atingiu o índice para Winnipeg
(1m46s34). O vencedor foi o queniano Kenneth Kimwetich, que
marcou 1m46s36.
Nos 110 m com barreiras, Márcio
de Souza ficou com o terceiro lugar, marcando 13s76. No feminino,
Elizângela Adriano também ficou
com o bronze no arremesso de peso. Ela marcou 18,09 m.
Entre os estrangeiros, os destaques foram o jamaicano James
Beckford, no salto em distância, e
Samuel Matete, de Zâmbia. Medalha de prata nos Jogos Olímpicos
de Atlanta e nos Mundiais de Gotemburgo (95) e Atenas (97), Beckford saltou 8,40 m para garantir o
primeiro lugar. Já Samuel Matete
correu os 400 m com barreiras em
48s97. Medalha de prata em Atlanta, Matete também detém o recorde do torneio (48s12).
Entre as mulheres, a búlgara Teresa Marinova venceu o salto triplo
com 14,50 m, desbancando a tcheca Sarka Kasparova, campeã mundial em Atenas, que ficou em terceiro lugar, com 14,10 m. A grega
Paraskevi Tsiamita saltou 14,27 m
e obteve a segunda colocação.
O diretor-geral do GP Brasil, Victor Malzoni Jr., atribuiu à crise
cambial a ausência de estrelas do
atletismo internacional. Com uma
lesão nos tendões, o jamaicano
Donovan Bailey não pôde competir no Rio.
Já a alemã Astrid Kumbernuss,
medalha de ouro em Atlanta, teve
problemas em Portugal. O vôo que
a traria de Lisboa foi cancelado, e
Astrid não teve como chegar a
tempo de competir.
Normalmente, o GP Brasil de
atletismo consome US$ 800 mil
(cerca de R$ 1,36 milhão) na organização. Este ano, o custo foi reduzido para R$ 600 mil.
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