FÁBIO ZAMBELI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez inferiorizadas no mata-mata decisivo do Nacional masculino de basquete em dez anos da competição, as equipes paulistas entram em quadra a partir de hoje com a missão de resgatar a honra da modalidade no Estado.
A 11ª edição do torneio abre a fase de playoffs, de forma inédita, com três times paulistas e cinco de outros Estados (três do Rio, um de Minas Gerais e outro do Paraná).
Amparados pelo retrospecto da primeira fase, desta vez são os clubes cariocas -especialmente Vasco e Flamengo- que despontam como favoritos.
Pela composição das chaves, os dois clubes, que ocuparam as duas primeiras posições do torneio durante boa parte da primeira fase, poderão fazer a final.
A competição contou com 14 equipes -sendo sete do Estado de São Paulo.
Um indicador da queda de performance paulista foi a eliminação precoce do atual campeão estadual, a Tilibra-Copimax/Bauru. O time nem sequer foi qualificado para a segunda fase, amargando um modesto nono lugar.
Para tentar evitar a perda da supremacia paulista na modalidade, Marathon/Franca, Valtra/Mogi e Casabranquense buscam no apoio da torcida e na tradição os diferenciais para a disputa das quartas-de-final do Nacional.
"Tenho confiança no crescimento das equipes paulistas na fase decisiva", disse o técnico do time de Franca, Daniel Wattfy.
A equipe francana já conquistou seis títulos nacionais desde 1990, quando começou a vigorar o novo formato do campeonato.
O time é o único de São Paulo que entra com vantagem de decidir em casa a primeira rodada do mata-mata, pois ficou em quarto lugar na primeira fase.
O adversário do Franca é o Botafogo, e o primeiro duelo está marcado para amanhã, no Rio.
A etapa será disputada em melhor de cinco partidas. Os vencedores disputam as semifinais.
"A perda da hegemonia mexeu com o brio das nossas equipes, e vamos entrar no playoff com novo ânimo para tentar recuperar a imagem do basquete paulista", declarou o técnico da Valtra/Mogi, Nilo Guimarães.
Seu time terá como rival na primeira rodada do mata-mata a Unit/Uberlândia, segunda colocada na primeira fase e principal surpresa de um Nacional que apresentou poucas novidades do ponto de vista técnico.
Nas três estatísticas mais importantes -pontuação, rebotes e assistências-, a liderança ficou com jogadores experientes.
O ala Oscar Schmidt, 42, do Flamengo, foi o cestinha, com média de 34,6 pontos por jogo. Nos passes, a dianteira ficou com o armador Maury, 37, do Bauru, com 10,1 assistências por jogo, em média. O pivô Gastão, 26, do time de Casa Branca, foi o melhor reboteiro, com média de 9,7.
A principal arma paulista para reverter o quadro desfavorável no torneio é a torcida. Em Casa Branca, a 265 km de São Paulo, dirigentes e empresários da cidade estão preparando uma invasão à vizinha São José do Rio Pardo para o primeiro confronto com o Flamengo, previsto para hoje. Franca e Mogi também prometem lotar seus ginásios.