São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2000


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FUTEBOL
Time é pressionado, e Marcos é o melhor jogador brasileiro em campo
O atual campeão da Libertadores enfrenta agora o rival Corinthians na disputa por um lugar na decisão do torneio
Palmeiras vence e vai pegar o Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

Os dois maiores rivais do Estado de São Paulo vão se encontrar nas semifinais da Taça Libertadores da América de 2000.
Apesar de ter sido dominado pelo Atlas em todo o jogo, o Palmeiras ratificou sua condição de favorito e eliminou os mexicanos, ao vencer por 3 a 2, ontem, no Parque Antarctica.
Agora, lutará com o Corinthians por uma vaga na final do torneio, o que garante automaticamente um representante brasileiro na decisão da competição.
A supremacia brasileira na década de 90 é incontestável. As equipes do país venceram a competição seis vezes no período e só ficaram fora da final da Libertadores em duas das dez edições disputadas -em 1991 e 1996.
A data da primeira partida da semifinal, no Morumbi, ainda não está confirmada, mas a Rede Globo anunciava ontem o jogo para terça-feira -já que o Palmeiras não mais jogará neste dia com o ABC, na estréia do time na Copa do Brasil.
Se eliminarem Santos e São Paulo nas semifinais do Paulista, os rivais voltarão a se enfrentar na decisão do Estadual, repetindo o que ocorreu no ano passado.
Essa é a quinta vez que o time do Parque Antarctica chega entre os quatro melhores do continente -antes, alcançara a fase em 1961, 1968, 1971 e 1999.
O atual campeão da Taça Libertadores se igualou a São Paulo e Cruzeiro como os recordistas brasileiros em número de semifinais no torneio de clubes mais importante da América.
O terrorismo instaurado por Scolari às vésperas do jogo de ontem parece não ter surtido efeito na equipe. O time foi pressionado e o goleiro Marcos foi o melhor palmeirense em campo.
Podendo perder para o Atlas por até um gol de diferença -havia vencido os mexicanos em Guadalajara por 2 a 0-, o time brasileiro se limitou a explorar contra-ataques. E foi desta maneira, aos 17min do primeiro tempo, que abriu o placar.
O volante Rogério avançou com liberdade pela direita, viu o goleiro Cabuto adiantado e bateu colocado, no ângulo direito.
Os mexicanos se lançaram ao ataque e exigiram grandes defesas de Marcos, que vem se tornando, como em 1999, o melhor jogador do Palmeiras na Libertadores.
Aos 18min e aos 19min, o goleiro palmeirense fez duas excelentes defesas, uma delas cara a cara.
Aos 30min, o Atlas viveu seu melhor momento. O atacante Salazar subiu livre e cabeceou. A bola bateu no travessão, e, no rebote, o zagueiro Argel tirou.
Onze minutos depois, Euller perdeu boa chance de ampliar, após bater colocado. Cabuto espalmou para escanteio. No segundo tempo, o Palmeiras continuou recuado, tentando aproveitar o contra-ataque.
Os mexicanos tocavam a bola com inteligência e entravam com facilidade na área. Aos 14min, Marcos fez mais uma boa defesa.
Insatisfeito com o desempenho do ataque Scolari mexeu. Colocou Marcelo Ramos no lugar de Pena, apagado no jogo.
Aos 20min, o Atlas chegou ao empate. Zepeda tabelou com Osorno e bateu firme, no ângulo, sem defesa para Marcos. Os mexicanos nem tiveram tempo para comemorar seu gol.
Um minuto depois, mais uma vez em contra-ataque, Marcelo Ramos fez o seu gol. Euller avançou pela esquerda e cruzou para o ex-cruzeirense, que só tocou, sem goleiro, para colocar o Palmeiras de novo na frente.
Aproveitando nova falha da defesa brasileira, o Atlas voltou a empatar. Após cobrança de falta, Briseño cabeceou livre.
Após o gol, o Atlas continuou pressionando. Aos 34min, Marcos salvou o Palmeiras novamente, após cabeçada de Briseño.
Aos 41min, os brasileiros definiram o jogo. Marcelo Ramos cruzou da direita e Taddei, que havia acabado de entrar, fez o terceiro dos brasileiros.


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