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Na 1ª rodada em que Estatuto do Torcedor "valeu", média de público de 8.069 pagantes decepciona
Lei entra em campo; torcida sai
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira rodada em que a lei
criada para ele efetivamente valeu, o torcedor deu de ombros para o Campeonato Brasileiro-2003.
Apesar de "luxos" inéditos em
boa parte dos estádios para os fãs,
o que não ocorreu na rodada anterior, quando o Estatuto do Torcedor já valia mas foi ignorado, a
rodada do fim de semana do torneio foi fiasco de bilheteria.
Nos 12 confrontos disputados,
todos com o movimento de torcedores nos guichês revelado, a média de ocupação não passou de
8.069 pagantes por duelo.
Se a jornada de ontem representasse uma edição isolada do Brasileiro, seria a de pior média de público da história do certame.
O entusiasmo dos torcedores
diminuiu até em relação ao que
vinha ocorrendo na atual temporada. No final de semana retrasado, por exemplo, a média nas dez
partidas em que o público foi divulgado ficou em 15.311.
O maior vexame da rodada
aconteceu no sábado, em São Januário, onde o Vasco de Eurico
Miranda -um dos principais articuladores da tentativa de motim
contra o estatuto- divulgou que
somente 856 vascaínos pagaram
ingresso para ver a equipe bater
por 1 a 0 a Ponte Preta.
Se na transparência nos estádios
a nova lei foi cumprida, alguns
clubes pecaram em outro ponto.
O Vasco, outra vez, foi o contra-exemplo. A agremiação carioca
não disponibilizou na internet o
borderô completo da partida que
mandou. O Corinthians, por seu
lado, fez isso sem problemas.
Mesmo com pouca gente nas
arquibancadas, o Nacional teve
uma rodada com muitos gols e alterações na classificação que beneficiaram, principalmente, os
grandes times paulistas.
Na Vila Belmiro, o Santos, de virada, ganhou do Internacional
por 2 a 1 e manteve o terceiro lugar, agora com só um ponto de
desvantagem em relação ao rival
de ontem, que segue em segundo.
Ao bater o Grêmio por 2 a 1, na
sua primeira vitória fora de casa
na competição, o São Paulo foi
para o quarto lugar e também reduziu a distância para os líderes.
O Corinthians, que no sábado
despachou o Juventude por 3 a 0,
passou para sexto e está a cinco
pontos do líder Cruzeiro.
E foi justamente para o clube
mineiro que a jornada teve mais
drama. Em Salvador, o time de
Wanderley Luxemburgo foi batido pelo Vitória por 2 a 1 e perdeu
uma invencibilidade de 36 partidas. Apesar do tropeço, a equipe
permanece na liderança.
Na parte inferior da tabela de
classificação, a jornada foi fatal
para dois treinadores. Derrotados
novamente, Paysandu e Goiás decidiram trocar de comando.
Os paraenses, superados pelo
Coritiba, dispensaram Dario Pereyra. Já o Goiás, que caiu diante
do Criciúma, procura agora um
substituto para Candinho.
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