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Marcelinho não salva o Corinthians
No reencontro do time com seus torcedores após queda na Libertadores, meia joga bem, mas Inter é mais eficaz e vence
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians esperou quase
um mês para reencontrar sua
torcida. Mas, apesar de ter como trunfo a estréia de Marcelinho e o fato de vir de duas vitórias fora de casa, o time patinou, sentiu a falta de atacantes
natos e caiu diante do Inter.
A derrota por 1 a 0, a quarta
no Brasileiro, estacionou o clube alvinegro nos nove pontos,
enquanto o Inter chegou aos
mesmos 16 pontos do líder
Cruzeiro e do Fluminense.
Nem o confronto entre o
campeão e o vice do Brasileiro
nem a estréia de Marcelinho foram capazes de atrair os corintianos, que eram pouco mais de
7.000 no Morumbi, escolhido
como palco do duelo para evitar reações da torcida como a
da eliminação da Libertadores.
Marcelinho surpreendeu, em
especial no primeiro tempo.
Após a defesa corintiana cometer sucessivas falhas de posicionamento e permitir que
Tinga abrisse o placar aos
13min, aproveitando cruzamento de Fernandão, o meia
corintiano chamou a responsabilidade do jogo.
Talvez por isso a torcida, que
vira o árbitro anular corretamente gol de Fernandão aos
3min de jogo, tenha evitado críticas ao time, apoiando-o.
Mesmo após seis meses sem
atuar, Marcelinho, como atacante, voltou para buscar jogo,
ajudou na marcação e iniciou
os ataques. E por pouco não fez
a torcida festejar quando chutou colocado, da entrada da
área, e viu a bola sair rente à
trave, numa das sete finalizações que fez na primeira etapa
-foi quem mais chutou, quem
mais cruzou e quem mais sofreu faltas no time corintiano.
Mas o ímpeto não se manteve na etapa final. E os corintianos atacavam sem coordenação
e só não sofreram mais gols graças a defesas de Silvio Luiz.
"Falta ritmo. Estou descoordenado. Mas acho que fui bem.
Estou feliz. Encontrei um ambiente de respeito, amizade e
harmonia. Nada do que falaram
quando cheguei. Quero colaborar. Se serei atacante ou meia, é
o Geninho quem decidirá. Quero é me desdobrar para entrar
em forma", falou Marcelinho.
Quando ele cansou e Roger se
mostrou apático, o Corinthians
só ameaçou em lances individuais -o melhor deles foi um
chute do lateral Eduardo, que
passou rente à trave.
Assim, o jogo que seria a festa
para um ídolo acabou com gosto amargo para o time e sem a
convicção de paz com a torcida.
Para piorar, no domingo, o
Corinthians tem um clássico
pela frente. O adversário será o
Santos de Vanderlei Luxemburgo, na Vila Belmiro
E Geninho vai ter problemas
para escalar o time, já que o
meia Roger, o zagueiro Marcus
Vinícius e o volante Marcelo
Mattos receberam o terceiro
amarelo e terão que cumprir
suspensão.
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